2019, Um Balanço Sónico- As Canções Internacionais
Ranking ordenado, estas são as escolhas favoritas do escriba em 2019:
1º Haim- "Hallelujah"- Quem diria que em pleno pousio discográfico as Haim nos agraciariam com três dos melhores singles do seu percurso? "Hallelujah", a peça mais arrebatadora do tríptico, assinala um momento muito especial no cancioneiro das manas, um em que Este, Alana e Danielle convergem pela primeira vez para cantar sobre amor, perda, gratidão e o laço inquebrável que as une, numa imensa acção de graças em plena época a elas propícia. Tremendamente bonito e essencial no tempo em que vivemos.
2º Lewis Capaldi- "Someone You Loved"- Por alguma razão Lewis Capaldi é o mais recente britânico a ter conseguido levar um single ao nº1 da Billboard Hot 100, como só Adele e Ed Sheeran conseguiram nesta década. Do piano dolente até ao refrão arrasador vão apenas 40 segundos - o tempo necessário para compreendermos que "Someone You Loved" é o digno herdeiro de "Someone Like You" no campeonato de corações feridos e lágrimas em cascata. Quando acaba, somos estilhaços, vaso desfeito e um oceano vastíssimo - não devia ser permitido cantar assim.
3º Billie Eilish- "Bad Guy"- O fenómeno em torno de Billie Eilish já estava a fermentar há pelo menos dois anos quando "Bad Guy" a catapultou para a estratosfera, enquanto destacadíssima líder da geração Z: uma agitada construção pop-trap de ambiência gótica conduzida por estalidos de dedos, um baixo para-lá-de-cool, bombo cardíaco e melodia diabólica, sobre fazer pouco de pessoas que pensam ter uma reputação a defender. A arrojada mutação final da canção adquire contornos de Yeezus (2013) - é a medida em que os limites da pop são esticados em 2019.
4º Carly Rae Jepsen- "Julien"- Na formidável reinvenção/maturação pop de Carly Rae Jepsen, Dedicated está só uns furinhos abaixos de Emotion (2015), sendo que a sua jóia da coroa surge logo no tema de abertura: uma ginasticada construção disco-funk de sintetizadores para-lá-de-estilosos, que clama pelo retorno de Julien, metáfora para a paixão jovem, intensa e passageira que todos vivemos um dia - e pela qual continuamos ocasionalmente a suspirar. Devia ter chegado a single oficial.
4º Carly Rae Jepsen- "Julien"- Na formidável reinvenção/maturação pop de Carly Rae Jepsen, Dedicated está só uns furinhos abaixos de Emotion (2015), sendo que a sua jóia da coroa surge logo no tema de abertura: uma ginasticada construção disco-funk de sintetizadores para-lá-de-estilosos, que clama pelo retorno de Julien, metáfora para a paixão jovem, intensa e passageira que todos vivemos um dia - e pela qual continuamos ocasionalmente a suspirar. Devia ter chegado a single oficial.
5º Taylor Swift- "Lover"- Estava difícil para que o sétimo álbum de Taylor Swift nos desse um single decente, mas ele chegou na forma do tema-título: uma apaixonante balada alt country/folk nos passos dos Mazzy Star ou Father John Misty, significante para alguém que passou parte do seu percurso a tropeçar no amor e a falhar consecutivamente nas hipóteses de o cultivar, mas que finalmente encontrou a pessoa com quem quer passar o resto da vida. É este sentimento de pertença e plenitude que passaremos também o resto da nossa a tentar conservar/alcançar.
6º Mark Ronson feat. Camila Cabello- "Find U Again"- O 2019 de Camila foi bem mais produtivo do que todos esperávamos, mas o que ninguém previa era que a amostra inaugural do ano fosse também a melhor. Um pouco à semelhança de "Julien", "Find U Again" roga pelo amor que escapou por entre os dedos, mas de uma forma um pouco mais lamuriosa, com Mark Ronson e Kevin Parker a concederem-lhe uma fantástica produção synthpop que reflecte desolação numa bola de espelhos. Porque os ciborgues também choram.
7º Sam Smith- "How Do You Sleep?"- 2019 surge imediatamente a seguir a 2014 como o ano mais importante na carreira de Sam Smith: um ano de libertação, expansão sónica e reformulação identitária. "Dancing with a Stranger" deu início à regeneração artística, mas é "How Do You Sleep?" o single superior - uma desafiante construção pop midtempo de laivos trap e R&B assinada por Ilya, habitual colaborador de Ariana Grande, e suportada por um vídeo incrível. Dançaremos até a tristeza se evaporar.
8º Tove Lo feat. Kylie Minogue- "Really Don't Like U"- Ninguém estava preparado para um dueto entre as rainhas da pop sueca e australiana, mas, acima de tudo, ninguém esperava que fosse TÃO bom. Sob uma intoxicante composição electropop de Ian Kirkpatrick, Lo e Minogue cantam sobre a ingrata sensação de detestar a nova conquista do ex, ainda que esta nada tenha feito para merecer tamanha antipatia. As vozes fundem-se ao ponto de ser difícil de reconhecer quem canta o quê, e o dilema e a frustração são reais. Não há maior hino injustiçado que este em 2019.
9º Mark Ronson feat. Lykke Li- "Late Night Feelings"- Depois da reinvenção funk de Uptown Special (2015), Mark Ronson virou-se para a cartilha disco e compôs uma selecção de sad bangers inteiramente interpretados por vozes femininas a que intitulou Late Night Feelings. O espirituoso tema-título relembra-nos o porquê de Ronson ser tão bom produtor e o quão boa e emotiva vocalista Lykke Li sabe ser. Espiralamos e espiralamos sem cessar na esperança de que a desolação não nos consuma.
10º Katy Perry- "Never Really Over"- Este deveria ter sido o single que devolveria Katy Perry ao topo do campeonato pop, mas 2010 ficou lá atrás e a hierarquia do mainstream mudou muito desde então. "Never Really Over" retoma o histórico de singles formidáveis de Perry, onde "Chained to the Rhythm" a deixou: um extasiante tema turbo-pop a que Zedd ajudou a dar vida, sobre como as intermináveis linhas do coração nos conduzem a caminhos inesperados, munido de um pós-refrão tão supercalifragilisticexpialidocious da vida. Fosse a ruína vendida sempre assim tão cara.
11º Charli XCX & Christine and the Queens- "Gone"- Como suprema rainha dos bops futuristas, Charli XCX está contratualmente obrigada a conceder-nos anualmente um single brilhante. Em 2019 esse papel coube a "Gone", uma das muitas pérolas do seu terceiro longa-duração, que convida a carismática Christine and the Queens para uma flamejante investida electropop que alcança o seu pico com um breakdown industrial à la PC Music.
12º Dua Lipa- "Don't Start Now"- Não é que o último trimestre do ano tenha sido muito abundante em novas propostas, mas o mais recente single de Dua Lipa bate-as a todas em larga escala: um irresistível pedaço de nu-disco/eurodance sobre finalmente reunir a coragem necessária para esquecer um ex e seguir em frente, de linha de baixo arrasadora e modulações vocais incríveis.
13º Ariana Grande- "7 Rings"- Olhando em perspectiva, "7 Rings" parece hoje um muito melhor single do que foi na altura: o tema mais thug e materialista do percurso de Ari, a suceder ao mais benevolente e ubíquo "Thank U, Next", capaz de canalizar a melodia de "My Favorite Things" de Música no Coração e interpolar "Gimme the Loot" the Notorious B.I.G. em petulante cama trap-pop/hip hop, sem a demover do topo da montanha onde já estava. She wanted it, she got it!
14º Sabrina Carpenter- "In My Bed"- As oferendas de Sabrina Carpenter têm vindo a melhorar de ano para ano, mas ainda assim não há forma de romper o mainstream. "In My Bed" foi a sua melhor amostra em 2019, um inescapável single synthpop de leve inclinação disco que aligeira o facto da sua intérprete estar demasiado encerrada em si mesma para lidar com assuntos exteriores passíveis de a apoquentar.
15º Rosalía, J Balvin & El Guincho- "Con Altura"- Todos nos lembraremos de "Malamente" como a canção que deu início ao fenómeno, mas foi com "Con Altura" que Rosalía saiu fora de órbita e declarou perseguição ao estrelato pop mundial, assistida por J Balvin e pelo fiel mestre de cerimónias El Guincho numa aditiva construção reggaeton sobre viver rápido e no limite. Lo que yo hago dura!
16º Ariana Grande- "NASA"- Nunca perdoaremos Ariana por não ter dado a Thank U, Next o tratamento de singles merecido: um que incluiria "Bloodline", "Ghostin" ou este "NASA", que de forma brilhante compara a necessidade de espaço e distância da ala masculina da sua autora à agência espacial norte-americana, em compelativa cama dance pop/R&B. De génio.
17º Taylor Swift- "Paper Rings"- A campanha promocional de Lover não começou da forma mais sonante, mas TayTay ainda vai muito a tempo de emendar as coisas se "Cruel Summer", "Afterglow" ou, sobretudo, "Paper Rings" chegarem a singles. E que melhor sucessor para o tema-título do que uma faixa que anseia pela troca de alianças numa incontrolável ginga new wave/pop punk a que Avril não teria resistido na sua fase cor de rosa? Viveremos felizes para sempre.
18º Dominic Fike- "3 Nights"- É bem capaz de ser um dos temas mais subvalorizados do ano, que soube ser um êxito moderado em vários cantos do mundo, à excepção dos EUA. O estreante Dominic Fike balança com brio por entre uma pop acústica que se preenche de influências reggae, numa canção que relata os vários níveis de intensidade de uma atracção romântica.
19º Shawn Mendes & Camila Cabello- "Señorita"- "Havana" não precisava necessariamente de um irmão mais novo, mas a cumplicidade entre Shawn e Camila merecia um melhor single do que "I Know What You Did Last Summer". Eis que quatro anos volvidos e um flirt crescente depois, "Señorita" nasce para se tornar no hit do Verão'19: uma cálida composição pop latina sobre amigos que se tornam amantes e que os seus intérpretes não demorariam a mimetizar.
20º Robyn- "Ever Again"- De entre todas as coisas louváveis que Robyn fez durante a era de Honey, a mais acertada foi elevar "Ever Again" a single. Desde logo uma das faixas favoritas dos fãs, o tema ergue-se na lascívia funk-pop de Prince e na certeza inabalável de que a sua autora não mais voltará a ser derrubada por um desgosto de amor.
21º Caroline Polachek- "Door"- Quando a ex-vocalista dos Chairlift nos entregou o seu primeiro single a solo enquanto Caroline Polachek, estávamos mais do que preparados para a aclamar. E "Door" não só é um single de apresentação perfeito, como uma das mais inebriantes experiências auditivas do ano: uma eloquente e labiríntica prosa art pop sobre como o amor pode ser a porta para um recomeço.
22º Alphabeat- "Shadows"- Nem Jonas Brothers, nem Pussycat Dolls. O regresso do ano - sem ponta de brincadeira - esteve na reunião dos dinamarqueses Alphabeat, depois de sete anos de pousio. "Shadows" foi o single que tudo retomou, uma fantabulástica poção de power pop escandinava que afasta as nuvens cinzentas que se atravessam no nosso caminho. Como sempre, como dantes, especialistas em fazer pessoas felizes.
23º Kehlani feat. 6lack- "RPG"- Pouco antes de dar à luz o seu primeiro filho, Kehlani agraciou-nos com a mixtape While We Wait, de onde "RPG" permanece como a mais compelativa amostra: uma estonteante faixa R&B de batida cardíaca e carácter confessional, sobre a necessidade do parceiro mostrar as suas verdadeiras emoções e deixar de olhar para o amor como um jogo.
24º Kim Petras feat. SOPHIE- "1, 2, 3 Dayz Up"- Damn, son, where'd you find this? Em 2019 foi Clarity a marcar o catálogo de Kim Petras, mas não podemos esquecer o fabuloso remate da denominada era néon com o extasiante single que a juntou à vanguardista Sophie, ainda que diluído na produção mais normativa de Dr. Luke. É como se os Aqua ou os Vengaboys nunca tivessem passado de moda.
25º Jax Jones feat. Ella Henderson- "This Is Real"- 2019 viu Jax Jones a multiplicar a sua paleta de singles e a editar o primeiro longa-duração, sendo que o melhor pedaço estava reservado para o último deles: "This Is Real" resplandece pela sua toada house/dance pop luminosa e pela interpretação gigantesca e reluzente da retornada Ella Henderson, a preencher de vida cada segundo e verso da canção.
26º Lauv & Troye Sivan- "I'm So Tired..."- Dos sete singles que Lauv editou em 2019, "I'm So Tired..." - a melhor reflexão sobre o enjoo de temas românticos desde, possivelmente, "So Sick" de Ne-Yo - continua a ser o mais memorável. Não só porque tem o condão do esteta sueco Oscar Görres, mas porque a participação de Troye Sivan lhe confere maior profundidade e textura.
27º Rosalía- "Aute Cuture"- Madre mía, Rosalía, bájale! Unhas esculturais. Coreografias flanqueadas pelo Mystic Beauty Gang. Cuecas por cima das calças como Britney instituiu em "I'm a Slave 4U". Uma batida espaventosa maior que a vida guarnecida por El Guincho. "Aute Cuture" deixava claro que a mutação pop de Rosalía ia ser gerida com afinco e entregue de forma arrasadora.
28º Sigrid- "Business Dinners"- É na secção final de Sucker Punch que encontramos o tema mais inventivo e experimental do registo, um retrato das más recordações de Sigrid nas reuniões com executivos e da luta pelo controlo da sua imagem e sonoridade que teimavam em deter ("I'll just try to be me"), que se desenrola algures entre o wonky de Flume e a banda-sonora de um qualquer filme do estúdio de animação japonês Studio Ghibli.
29º Friendly Fires- "Silhouettes"- Esperámos quase uma década inteira pelo terceiro álbum da vida dos Friendly Fires, e depois ainda tivemos que atravessar uma campanha promocional de dezasseis meses para conhecer Inflorescent na íntegra. A peça mais irrecusável em 2019 estava materializada na fresca brisa synth-funk-disco balear de "Silhouettes", a dar o mote para uma ginga de ancas incontrolável.
30º Mahalia- "Do Not Disturb"- A jovem revelação britânica teve vários momentos de relevância ao longo do ano - de "Simmer" a "What You Did" - mas o mais fulgorante permanece aquele que nos deu logo na aurora de 2019 com "Do Not Disturb", nada menos do que uma fenomenal canção R&B de sensibilidades dance pop acerca de bloquear permanentemente a presença incomodativa de um antigo parceiro.
31º Chris Brown feat. Drake- "No Guidance"- Havia muita expectativa para aquilo que Drizzy e Breezy poderiam fazer juntos assim que enterrassem o machado de guerra. "No Guidance" tratou de o demonstrar: um melódico pedaço de R&B hipnótico sobre uma rapariga que os preenche na medida certa, e que ganhou desde logo lugar cativo nas melhores oferendas do catálogo de ambos.
32º Caroline Polachek- "So Hot You're Hurting My Feelings"- Cruzamo-nos de novo com a nossa fada art pop, desta vez num modelo mais soalheiro pop oh-so-80s sobre ficar de beicinho e sofrer pelo crush, que não destoaria do cancioneiro das Haim. Vivemos todos para a coreografia aprumada de cowgirl/cha-cha-cha e para a hilariante secção de "show me the banana". Oh sweet Caroline.
33º Eliza- "Alone & Unafraid"- Há pelo menos seis anos que Eliza Doolittle deixou de pertencer à elite do mainstream: agora edita em nome próprio e sem o apelido que a tornou conhecida. A Real Romantic passaria inteiramente despercebido se não fosse pelas sensibilidades house/garage de uma canção tão extraordinária quanto "Alone & Unafraid", acerca de como a sua intérprete se sente confortável e confiante com o seu estatuto de mulher solteira e independente.
34º Anitta & Becky G- "Banana"- A banana tem que ser a fruta do ano. Depois da menção de Polachek, Anitta aka Rainha do Brasil e Becky G aka Rainha do México, foram mais longe e construíram todo um hino em torno da dita cuja. "Banana" foi, pois, o melhor momento da popstar em 2019: um escaldante dueto bilíngue assistido pelos Supa Dups, recomendado para apetites vorazes e incontroláveis.
35º Katy Perry- "Harleys in Hawaii"- A existir uma medalha de mérito em 2019, teria que pertencer a Katy Perry. Porque tentou recuperar de todas as formas possíveis e imaginárias do rombo comercial a que a sujeitaram, e mesmo assim não saiu da penúria. "Harleys in Hawaii" é o seu segundo single mais apaixonante do ano, uma cálida construção pop-dancehall que soa à continuação espiritual de "Teenage Dream". Querida Katy, o teu esforço não será esquecido.
36º Robyn- "Send to Robyn Immediately"- Esta é a única faixa de Honey a receber os créditos autorais de Adam Bainbridge, mais comumente conhecido por Kindness, que fornece ao disco de Robyn um tema house cerebral e etéreo que desacelera alguns bpm's (mas não totalmente a líbido) de "French Kiss" de Lil Louis, aqui samplado com primor.
37º Caroline Polachek- "Ocean of Tears"- Não há duas sem três: no último encontro com Miss Polachek, mergulhamos na vastidão de "Ocean of Tears": mais um brilhante single art pop construído na companhia de Danny L Harle, Valley Girl e A. G. Cook, que corresponde ao último acto da narrativa mais desolada de Pang. As maravilhas que o toque PC Music sem interferências pop faz.
38º Tinashe feat. Ms. Banks- "Die a Little Bit"- Tinashe é uma artista incrível e há-de passar uma vida inteira a tentar prová-lo. No primeiro single que lançou na independência, canalizou a irreverência e o minimalismo das mixtapes inaugurais num hipnotizante e carnal single R&B clubby produzido pelo duo nova-iorquino Trackside e assistido pela rapper Ms Banks, sobre como morremos todos um bocadinho de cada vez que nos entregamos ao deboche/hedonismo puro.
39º Sigrid- "Don't Feel Like Crying"- Não se sabe ao certo se Sigrid estava a canalizar "Call Me Maybe" na concepção de "Don't Feel Like Crying", mas o quarto single de Sucker Punch soa a um híbrido entre o êxito maior de Carly Rae Jepsen, com o seu background orquestral, e o spoken-word musicado de "Blow Your Mind (Mwah)" de Dua Lipa. Seja como for, todos precisamos de um bop que nos ensina a segurar as lágrimas até à manhã seguinte.
40º Charli XCX feat. Big Freedia, Cupcakke, Brooke Candy & Pabllo Vittar- "Shake It"- O ano é 3049 e Charli XCX ascendeu a deusa suprema do universo. Um dos seus poderes passa por instaurar bacanais de twerk e, como tal, convoca Big Freedia para lançar fagulhas, Cupcakke para atear o fogo, Brooke Candy para o manter bem aceso e Pabllo Vittar - "rainha se escreve com dois L e dois T" - para acabar com o que resta de nós. NUNCA vamos recuperar totalmente disto.
E a vocês, que canções vos marcaram este ano?
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