Hopes and Fears

 
Isto pode ser resultado de uma semana menos movimentada no que toca a novidades musicais, de divagações acerca do futuro ou de uma súbita vontade minha de falar dos Paramore. Acho que acaba por ser uma mistura dos três, mas de qualquer forma há algum tempo que quero falar deles.
 
Não sei se já deram por isso, mas o álbum homónimo que editaram em Abril último é um dos grandes discos de 2013, uma valente, divertida e prodigiosa colecção de 17 temas que rompe com a imagem de banda emo e pop/punk que haviam cultivado e que os vê a aventurarem-se por novos e excitantes territórios sonoros. Até ver continua a ser o meu álbum favorito do ano, acompanhando-me ora em viagens, longas sessões de estudo ou quando preciso de algo que me anime.
 
A minha história com eles já vem de trás. Entraram na minha vida quando tinha 15 anos, usava uma crista e demasiado gel no cabelo e já gostava muito de música. Bem, o gel e a crista desapareceram, mas o melómano que havia em mim cresceu tremendamente e conheceu outros encantos para além da pop.
 
Os Paramore são a única banda que tem sabido crescer comigo, na verdadeira acepção da palavra: em consonância com os meus passos, gostos, anseios, esperanças, inquietações e sonhos. O crescimento/convivência nem sempre tem sido pacífico, é certo, mas de uma maneira ou de outra eles acabam sempre por regressar aos meus ouvidos e continuam a ocupar um lugar cativo no meu coração.
 
Enquanto o vídeo para "Ain't Fun", o sucessor do efervescente "Still Into You" (ainda embirro com o facto de se ter tornado single) e, indiscutivelmente, o melhor tema do álbum, não chega, há outras canções que se vão destacando e tornando-se verdadeiros hinos por mérito próprio, como é o caso de "Last Hope".
 
Basicamente, este tema é a minha cara. Por outras palavras, se algum dia enveredasse pela composição de canções, esta seria aquela que brotaria da minha inspiração. Revejo-me inteiramente nela e escuto-a muitas vezes quando preciso de alento e de acreditar em mim. Deixo aqui a música e a letra, para que melhor compreendam:
 
 
I don't even know myself at all
I thought I would be happy by now
The more I try to push it
I realise – gotta let go of control

Gotta let it happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen
Just let it happen

It's just a spark
But it's enough to keep me going
And when it's dark out, no one's around
It keeps glowing

Every night I try my best to dream
Tomorrow makes it better
Then I wake up to the cold reality
And not a thing has changed

But it will happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen

It's just a spark
But it's enough to keep me going
And when it's dark out, no one's around
It keeps glowing

It's just a spark
But it's enough to keep me going
And when it's dark out, no one's around
It keeps glowing

And the salt in my wounds isn't burning anymore than it used to
It's not that I don't feel the pain, it's just I'm not afraid of hurting anymore
And the blood in these veins isn't pumping any less than it ever has
And that's the hope I have, the only thing I know that's keeping me alive

Alive

 Gotta let it happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen

Gotta let it happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen
Gotta let it happen

It's just a spark
But it's enough to keep me going
(So if I let go of control now, I can be strong)
And when it's dark out, no one's around
It keeps glowing

It's just a spark
But it's enough to keep me going
(So if I keep my eyes closed, with nobody home)
And when it's dark out, no one's around
It keeps glowing
 
Bonito, não é? E, tal como eu, acredito que por esta altura já se tenha tornado na banda-sonora de muito boa gente, o que a coloca numa excelente posição para ser eleita como single. Venha ou não a ser, já ninguém retira o facto dos Paramore em 2013 terem protagonizado um fabuloso regresso das cinzas e escapado à ruína iminente, saindo revigorados e plenos de inspiração. Hayley, Jeremy e Taylor, estamos juntos. Ontem, hoje e amanhã.

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