Who's That Girl?

 
Só posso estar a sonhar. Parece que há por aí uma nova star-in-the-making que cumpre todos os requisitos de uma estrela pop em ascensão: sorriso encantador, look perfeito, uma sonoridade que conjuga a pop com a estética R&B e, o mais importante, uma voz para lá de fantástica.
 
Eis Ariana Grande, norte-americana de 20 anos que até há bem pouco tempo era conhecida como estrela do Nickelodeon (toma lá Disney que esta não apanhaste!) e que acaba de lançar o seu álbum de estreia, Yours Truly, que teve entrada directa para o nº1 da tabela de álbuns dos EUA.
 
Eu bem sei o estigma que está associado às estrelas Disney (eu próprio não as vejo com bons olhos) mas o caso desta rapariga é completamente diferente: ao contrário de todos os outros, os seus dotes vocais superam em larga escala os de actriz. O que me espanta é não ter começado logo como cantora, em vez de andar a perder tempo em séries infantis.
 
E daí ter olhado com grande hesitação ao seu despontar, quando em Abril passado ouvi o seu single de estreia, "The Way". Eu bem lhe achei graça, pois achei, mas pensei que não passava de um golpe de sorte, de um caso de one-hit-wonder. Não podia estar mais enganado (acontece, também erro).


 
As minhas resistências foram completamente demolidas com o lançamento do seu 2º single, "Baby I", igualmente delicioso quanto o antecessor. E com uma espécie de fervor adolescente, dei por mim encantado com uma estrela juvenil, algo que não acontecia desde os tempos de Hilary Duff (era o que havia na altura) e que julguei, por razões óbvias, nunca mais vir a acontecer.
 
E calma que ainda não cheguei ao mais interessante. Para além de fugir ao tradicional habitat dance pop em que as estrelas Disney vivem, Ariana Grande é a digna sucessora de Mariah Carey, talvez não com um aparelho vocal tão potente (tem tempo para lá chegar) mas semelhante no registo e nos maneirismos vocais desta.
 

 
E à hora que assino estas linhas acabo de ouvir o seu disco de estreia e estou completamente rendido. Se bem me recordo, a última vez que ouvi um álbum R&B tão bom foi há 8 anos atrás precisamente com... The Emancipation of Mimi, de Mariah Carey.
 
Desde 2008 que o panorama musical não assiste ao nascimento de uma nova estrela feminina (ano em que surgiram Katy Perry e Lady Gaga). Em 2013 já temos duas: Lorde, numa rota mais alternativa, e agora Ariana Grande, promovida a nova princesa do R&B. Qual milagre dos céus, chegaram para dizer que, afinal, isto não está tão perdido quanto se pensava.

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