13 canções essenciais de Chris Brown


Ah, Chris Brown. O enfant terrible do R&B a quem a ubiquidade assiste e que gostamos pouco de gostar. O que não é difícil, pois o tipo é muito bom naquilo que faz - cantor dotado, performer nato e um dançarino excepcional. Pena que o currículo manchado e a conduta tóxica o impeçam de ocupar o mesmo patamar de relevância que colegas seus - noutras circunstâncias, Chris Brown seria gigante. 

Sem darmos por isso, já o escutamos há onze anos. Gabemos-lhe a produtividade: 8 álbuns de estúdio, 6 mixtapes e 106 (!) singles - entre canções em nome próprio e esforços colaborativos - lançados nesse período. Vale por isso a pena tentar encapsular o seu percurso em treze canções essenciais: 



"Run It!", Chris Brown (2005)- Híbrido crunk e R&B entre "Yeah!" de Usher e "Goodies" de Ciara, com um CB de 16 anos ainda a cheirar a leitinho. A mostrar ao que vinha logo com o single de estreia.

"Kiss Kiss", Exclusive (2007)- R&B hínico e descontraído, como uma leve brisa num dia quente - é a jóia do seu segundo álbum. Nota de destaque para o vídeo tão bem humorado - antes de ser vilão, Chris Brown já foi o pateta de serviço. 

"No Air", Jordin Sparks (2008)- CB já vinha de um êxito estrondoso com "With You" e ganhou ainda mais fôlego com esta canção integrante do álbum de estreia da vencedora da sexta edição de American Idol. Como se diz na gíria, a match made in heaven.

"Forever", Exclusive: The Forever Edition (2008)- Ainda no ano de ouro de Brown, "Forever" fez parte da edição revista de Exclusive e marcou a sua primeira incursão pela dance pop com sopros de techno e eurodance que nos chegavam da parte de Ne-Yo ("Closer") ou Timbaland ("The Way I Are"). 

"Deuces", Fan of a Fan (2010)- Uma das primeiras canções de Breezy enquanto confesso penitente. Composição algo Timbalandesca de R&B midtempo com floreados orientais, que assinala o início da parceria criativa com o amigo Tyga. 

"Look At Me Now", F.A.M.E. (2011)- Bassline pulsante, sintetizadores espaciais e uma infecciosa produção dirty south hip hop assistida por Diplo e Afrojack garantiram a CB um dos seus maiores êxitos da década nos EUA. Não há como resistir ao flow supersónico de Busta.

"Beautiful People", F.A.M.E. (2011)- No virar da década Chris Brown também não escapava à febre da electro house, mas fazia-o com particular encanto. Positivo e espirituoso até ao tutano, "Beautiful People" uniu-o ao mogul da italo-house, Benny Benassi, num dos temas mais inventivos do seu percurso.

"Turn Up the Music", Fortune (2012)- A escavar ainda mais fundo pela EDM, no seu tema mais ravetástico e urgente de sempre que serviu de primeira amostra ao 5º álbum de originais. A combinação entre som e imagem é espantosa. 

"Fine China", X (2013)- Devolveu-o em boa hora às opulentas produções R&B, desta vez a canalizar o Rei MJ da era Off the Wall em ambiência disco e funk. Clássico para os tempos modernos.

"Love More", X (2013)- Mais um tema desenhado para os clubes, de recorte electro-hop e uma suculenta participação de Nicki Minaj nos versos. Infeccioso e supersónico.

"New Flame", X (2014)- Outro tema R&B dos sete costados que o une ao maior adversário no seu campeonato, Usher himself. Dois grandes vultos a colocar os egos de lados numa canção que reflecte os melhores ensinamentos dos anos 00. 

"Ayo", Fan of a Fan: The Album (2015)- "Deuces" e "Loyal" já eram a prova de que Breezy e Tyga tinham mel, tanto que foi necessária a edição de um álbum colaborativo para melhor explorar essa química. De alicerces urbanos e com forte apelo pop, "Ayo" é ouro sobre azul.

"Zero", Royalty (2015)- De novo a incorporar elementos da disco e funk para o seu espectro musical, como se os Daft Punk de 2013 nunca tivessem ido embora. Algo datado, mas em última instância aditivo, como a grande maioria dos seus antecessores. 

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