Canções de uma agro-quarentena, II
1) Coldplay- "Everyday Life"- É uma pena que o novo álbum dos Coldplay não esteja a gerar grande entusiasmo, principalmente porque é o melhor que editam desde Viva la Vida or Death and All His Friends (2008). A faixa homónima que o encerra é uma imensamente bonita balada ao piano que versa sobre como estamos todos ligados neste globo terrestre. Got to keep dancing when the lights go out.
2) Josef Salvat- "Modern Anxiety"- Da última vez que conferi, Josef Salvat ainda não fazia canções tão boas. O single de avanço para o sucessor de Night Swim (2015) convoca metade dos Blonde e a dupla canadiana Banx & Ranx para uma deliciosamente caótica amálgama de dancehall-pop construída em torno da dificuldade de nos mantermos à tona, bem como aos relacionamentos que vamos construíndo, em plena era digital.
3) Haim- "Now I'm In It"- Mea culpa por não ter dado a devida atenção a esta faixa quando saiu em Outubro passado. Há um riff que parece arrancado a "Edge of Seventeen" que "Bootylicious" das Destiny's Child amplificou. Há um gloss electropop que impressiona até o mais casual fã do trio. E há um pedido de ajuda expresso nos versos, de alguém que caiu nas malhas da depressão e não sabe como de lá sair.
4) Niall Horan- "Put a Little Love on Me"- O segundo ex-1D mais bem-sucedido a solo logo depois de Harry Styles nem sempre nos dá singles memoráveis, mas as baladas que nos tem entregue são até bastante boazinhas. Foi assim com "Too Much to Ask" do debute, e é com este "Put a Little Love on Me", acerca da ressaca da sua separação com Hailee Steinfeld, que estranhamente acaba por ser o single menos bem-sucedido que lançou de Heartbreak Weather.
5) GoldLink feat Ari PenSmith- "Joke Thing"- À primeira audição soa a um tema perdido de The Weeknd. Mas não, é mesmo o debutante intérprete e também produtor Ari PenSmith, lançado para uma carreira muito promissora, aqui a elevar "Joke Thing", terceiro single para Diaspora, o segundo disco do comparsa GoldLink, a um muito apreciado nível de satisfação. Smooooth AF.
6) Martin Jensen & Molow- "Carry On"- Um senhor banger que temos aqui. O DJ/produtor dinamarquês Martin Jensen fez-se notabilizar em 2016 com "Solo Dance", e apesar de apresentar uma preenchida folha de serviço, desde então que não voltou a saltar para a consciência pública. Talvez isso mude com este assertivo e propulsivo pedaço de electro house tecido a meias com os suíços Molow.
7) Jax Jones, Martin Solveig & Raye- "Tequila"- Continuamos na pista de dança patrocinados por uma bebida qualquer. Aí está "Tequila" a provar que a química que une Jax Jones a Raye ("You Don't Know Me") e a Martin Solveig ("All Day and Night") continua viva. O melhor de tudo, porém, será este vídeo de uma bobagem tremenda com os anos 90 como pano de fundo.
8) MAX feat Kim Petras- "Love Me Less"- O norte-americano MAX já devia ser por estes dias um nadinha mais relevante no mainstream. Atente-se no caso deste "Love Me Less" que existiu primeiro numa versão com Quinn XCII, em Abril do ano passado, tenho ganho em Setembro último uma remistura mais catita com Kim Petras, que ainda não esmoreceu desde então. Colour Vision chega algures este ano.
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