Dream Girl- A Beytrospective, Parte IV
As canções
10º "Baby Boy", Dangerously in Love (2003)
Partilha o mesmo ADN de "Naughty Girl" - influências arábicas, R&B e dancehall - no entanto, ficou com os genes mais apurados e traços mais reconhecíveis relativamente à sua congénere. O 2º single do seu álbum de estreia ainda hoje perdura no tempo, tendo marcado pontos pela participação de Sean Paul, o homem certo para isto - apesar de cantar num dialecto que só ele conhece - e pela estupenda coreografia que para aqui vai, especialmente a sequência de dança final, que continua a ser um dos meus momentos favoritos de sempre de Miss Knowles. Sabiam que isto esteve 9 semanas consecutivas no topo da Hot 100? Damn, girl!
9º "Ring the Alarm", B'Day (2006)
Sempre tive um grande fascínio por este 2º single do seu 2º álbum que permanece como sendo a canção mais irada e agressiva que alguma vez lançou: juntem a fúria de uma mulher prestes a ser traída e a sensação de perigo que daí advém e temos um detonador prestes a explodir a qualquer instante. Inspirada pela narrativa de Instinto Fatal, Beyoncé encarna na perfeição o papel da ex-desvairada-à-beira-de-cometer-uma-loucura e é vê-la a esbracejar, espernear e vociferar contra tudo e todos. Aterrador e incendiário - salve-se quem puder!
8º "Sweet Dreams", I Am... Sasha Fierce (2008)
Turn the lights on! Inicialmente intitulada "Beautiful Nightmare", na versão que circulou na internet meses antes da edição do álbum, assinalou uma das primeiras incursões de Beyoncé pelos territórios da electropop, o que lhe valeu rasgados elogios por parte da crítica. Sob uma bassline sinistra que evoca Michael Jackson na era de Thriller, Bey canta acerca de um amor surreal que tanto pode adquirir contornos de sonho ou pesadelo. O vídeo, no qual encarna a pele de Sasha Fierce, foi um dos poucos a ser inteiramente filmado a cor nesta era em que predominou a estética a preto e branco. Turn the lights out!
Os álbuns
2º '4' (2011)
Foi ao 4º álbum de originais que se tornou claro que Beyoncé tinha entrado num outro patamar da sua carreira e criado um campeonato à parte da liga pop. O seu objectivo era devolver ao R&B o prestígio perdido e, como tal, fez um disco rhythm & blues dos sete costados onde também cabem influências do funk dos anos 70, pop dos anos 80 e soul da década de 90.
É um valente clássico lançado numa era em que predominam a electrónica e canções formulaicas, desprovidas de alma e coração. Não deixa, por isso, de ser um extremo acto de valentia o que Beyoncé aqui fez - seguir os seus intentos artísticos em detrimento de canções seguras, sabendo que ao fazê-lo estaria a abdicar do sucesso comercial. Veja-se: a crítica aplaudiu, o público pouco ligou - daí que permaneça como o seu álbum menos vendido.
É, de facto, um disco ímpar, incompreendido e heróico. Pensei que depois deste 4 fosse humanamente impossível para Beyoncé conseguir superar-se. Mas conseguiu. Daí este 2º lugar.
Singles: "Run the World (Girls)", "Best Thing I Never Had", "Party", "Love on Top", "Countdown" e "End of Time"
Fim da parte IV. Na próxima semana continuo a escalar o top 10 das canções e falarei do álbum que ocupa o 1º lugar nas minhas preferências.
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