Recordar 'A Voz de Portugal'
Agora que estamos a pouco mais de 24 horas da estreia do The Voice Portugal, vale a pena recordar alguns dos concorrentes que marcaram a edição inaugural de há 2 anos atrás. Vejam se ainda se lembram deles:
Bianca Adrião- "Goldeneye"
Este post poderia ser inteiramente ocupado a falar da incontornável Bianca Adrião, que as minhas palavras não se esgotariam. Mas a vossa paciência sim, possivelmente. É uma diva autêntica, de um calibre titânico como nunca vi em nenhum outro talent show: a pose, a presença, a garra com que atacava os versos e as inúmeras acrobacias vocais - por vezes vertiginosas - que levavam as suas actuações à estratosfera, fazem dela o grande marco deste programa. Recordo-a com "Goldeneye", mas poderia ser "Listen" ou "The Show Must Go On".
Joana Garcia- "Video Games"
Tinha também uma gigantesca estima pela Joana Garcia, talvez a concorrente que mais evoluiu ao longo do programa. Com ela acontece-me uma coisa engraçada: sempre que oiço "The Fear", "Like a Virgin" ou este "Video Games" vêm-me de imediato à memória as suas actuações no programa, prova de que ela conseguiu transformá-las à sua imagem, chegando mesmo a ofuscar as originais. Este "Video Games" então - a sua derradeira actuação - é completamente notável e de uma magnitude emocional devastadora.
Salomé Caldeira- "Just a Kiss"
Juntamente com a Bianca, era o outro grande trunfo da equipa de Paulo Gonzo. Ainda hoje não percebo como é que o público a deixou escapar logo à 3ª gala. No meio de tantas expulsões injustas que houve, a sua permanece como a mais chocante - não só porque tinha potencial para ter chegado tão mais longe, mas também porque esta era a sua 3ª tentativa num talent-show. E merecia mais, muito mais. Recordo-a com "Just a Kiss" porque lembro-me de pensar que ia ser mal aproveitada na sua voz. E depois deslumbrou do primeiro ao último segundo.
Ricardo Oliveira- "Your Song"
Gosto de pensar que de certa forma ele partilha o título de vencedor com o Denis. Afinal de contas, foi por um fio que a vitória se decidiu - 49% contra 51% da votação. Assim sendo, voltou a igualar a classificação que já havia alcançado uns anos atrás na 1ª temporada de Ídolos - foi um "morrer na praia" cruel. Era um excelente intérprete e um notável piano man com um fabuloso alcance vocal. Nunca "Your Song" me soou tão bem se não na sua voz.
Marisa Almeida- "A Máquina"
Era a única concorrente feminina decente da equipa de Rui Reininho e estava condenada, à partida, por estar inserida no grupo menos pop e em que mais dominava a testosterona. Teve uma das "Provas Cegas" mais brilhantes que me recordo, onde cantou uma versão magistral de "Hurt", e quando chegou às galas pecou pela escolha do repertório. Excepção feita a este grande tema do cancioneiro nacional que cantou sem mácula alguma.
Teresa Santos- "Creep"
Como me posso esquecer da Hayley Williams nacional? Aliás, o tema que escolheu para a Prova Cega foi nada mais nada menos do que "The Only Exception". Mas seria ao interpretar "Creep" que teve o momento mais alto da sua prestação no programa. Nota para o valiosíssimo contributo da banda ao vivo, que elevou a outro patamar uma actuação já por si bastante visceral.
E a lista continuava. Com receio de sobrelotar o post e de vos esgotar a paciência, fico-me por aqui mas há outros nomes igualmente marcantes que deveriam constar neste "álbum de memórias", entre eles: Deborah Gonçalves (inesquecível a sua versão de "Halo"), Vasco Duarte (tinha tantas expectativas nele mas foi-se cedo demais), Denis Filipe (podia ter sido ele a ganhar como qualquer outro, mas tinha ali uma boa veia de performer), Sandrine Orsini (que pulmões ela tinha!) e Carla Ribeiro (grande intérprete e dona de um vozeirão respeitável).
Eu vou acumulando caras, canções e formatos, mas não me esqueço daqueles que verdadeiramente me marcaram. E se esta foi uma forma de assinalar a nova edição que aí vem, foi também uma maneira de recordar estes antigos concorrentes que tão bons momentos me proporcionaram. A partir de amanhã estou pronto para que comece tudo de novo: o estrondo do primeiro impacto, a tensão das decisões, o despontar dos afectos, o medo da perda precoce, o assombro perpetuado pelas actuações épicas, a revolta pelas injustiças, as dissertações apaixonadas, a luta titânica que se trava até à grande final. E sempre sempre com o entusiasmo e brilho nos olhos igual ao da primeira vez. Que venha daí o The Voice Portugal.
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