With love, J.Lo: História de um Ícone Improvável- Introdução

Costumo dizer que faço este blog para mim, sem querer agradar a ninguém ou cumprindo com aquilo que esperam de mim. Só desta forma se pode explicar aquilo que estou prestes a fazer: uma colecção de posts dedicada à figura de Jennifer Lopez, ou, como muitos pensarão, uma bela maneira de destruir a minha credibilidade. Porquê ela?

A razão mais óbvia será porque sou fã dela, claro. Mas a leitura da palavra fã é susceptível de ser alvo de várias leituras. Vejamos: sou o primeiro a reconhecer que em termos qualitativos, a sua obra deixa muito a desejar. Não é, nunca foi nem nunca será um portento musical - vale o que vale e daí também não vem mal ao mundo. O que me cativa nesta mulher define-se numa palavra: paixão. O facto de dar 220% de si em tudo o que faz, seja na área da música ou fora dela.

Tivesse a maioria dos artistas no corpo todo a mesma dose de paixão e entrega que J.Lo tem no seu dedo mindinho e, acreditem, o panorama musical seria um lugar melhor. A beleza intemporal, as famosas curvas traseiras e o talento - não tão evidente, mas o certo é que está lá - também ajudam a explicar o seu sucesso, mas a característica essencial é mesmo a paixão que guia a sua vida e obra. É ela que me faz continuar a gostar de J.Lo volvidos tantos anos. Um amor - é mesmo essa a palavra - que resiste a dores de crescimento, evolução de gostos e comportamentos, bem como a uma série de inputs artísticos de muito mau gosto da sua parte.

Depois há uma história incrível por detrás, de determinação, trabalho árduo e fé, que explica como uma rapariga de ascendência porto-riquenha residente no Bronx acaba por se tornar no ícone latino mais influente e bem-sucedido do séc. XXI. Resta só uma pergunta: porquê agora?

Gostaria de dizer destemidamente "porque me apetece e isso basta", mas estaria a mentir se assim fosse. Na verdade, impõe-se fazer isto antes que seja tarde demais. À beira de completar 45 anos e com um - let's face it - prazo de validade não muito mais longo, impera assinar este memorial enquanto J.Lo é uma popozudavalente brasa e ainda se esforça por revitalizar a sua carreira musical.

Que se dane a credibilidade ou os juízos de valor precipitados: quero, preciso e devo homenagear um dos meus ídolos de infância. Uma mulher de paixões intensas, com uma paixão enorme e de encantos apaixonantes. Para conhecer ao longo do mês de Julho no Into the Music.

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