Magníficos Materiais Desconhecidos: Classe de 2013
Os 'Magníficos' de 2013 em retrospectiva:
- Lorde era o prenúncio de mudança. Sentia-se logo que aquela rapariga, aquele olhar e aquelas canções tinham surgido com o único propósito de abanar a indústria e deixar uma marca indelével em toda uma geração. E assim foi. É uma das histórias de maior sucesso deste espaço e, consequentemente, o meu melhor achado.
- Os AlunaGeorge foram um dos primeiros avistamentos desse ano, mas recordo-me que tive que os pôr de molho por uns tempos até que a febre de "White Noise" baixasse, caso contrário seriam sempre ofuscados pelos manos Howard. Aproveitaram bem a boleia, mas acho que depois não capitalizaram tão bem o disco de estreia quanto deveriam.
- Lembro-me de estar tão entusiasmado com os Disclosure e pensar que tinha encontrado logo ali tão cedo a maior revelação desse ano. Não falharam o título por muito e ainda nos deram a melhor colecção de temas electrónicos do séc. XXI, que abriu portas ao triunfo mainstream global do house, garage e dubstep via UK.
- Este foi o ano das duplas: veja-se também o caso dos MS MR, outro avistamento precoce, que sempre tive como uma versão mais hipster de Florence and the Machine, igualmente etérea, mas bem mais dreamy e sombria.
- As manas Haim eram tidas como a grande revelação do ano e recordo-me de ter demorado muito tempo a gostar delas, tanto que quase ia perdendo o comboio que as levaria até aqui. Achava que eram demasiado 90's e sisudas para o meu gosto, nada que um bom par de singles e uma auspiciosa estreia não tratassem de desmistificar.
- Os London Grammar foram a história de amor que nunca vivi com os The xx. Seria pela majestosa voz de Hannah Reid, a guitarra crepuscular de Dan e os teclados atmosféricos de Dot que encontraria encanto na dita "música sorumbática". Um amor para a vida.
- Os Chvrches também foram outro trunfo que guardei até não poder mais. Via-os como uma versão mais sci-fi, sintetizada e igualmente aditiva dos AlunaGeorge, com a curiosa particularidade de ambas as vocalistas terem vozinhas de minimeus.
- Não há três sem quatro: os Rhye eram a dupla mais misteriosa do ano e tinham uma proposta musical muito interessante que jogava com o aspecto da androginia vocal e expunha toda uma vulnerabilidade pouco explorada em canções no masculino, pintadas de desejo e sedução.
- Banks é uma das primeiras artistas femininas da vaga de R&B alternativo e o que me cativa nela é desde logo a clara definição artística aliada a uma presença serena, algo mística e tão magnética. Tanto a sua abordagem sónica como visual são verdadeiramente fascinantes.
- Hozier era o rapaz irlandês de cabelo comprido com uma voz de trovador dos bosques e que tinha uma canção fabulosa no estojo das flechas: "Take Me to Church", que levou uns longos 12 meses até se tornar naquilo que é hoje. Foi um daqueles saltos de fé que mais tarde se revelam extremamente acertados.
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