2015, Um Balanço Sónico- As Canções Nacionais

Por ordem crescente, aqui ficam as canções nacionais favoritas do escriba em 2015:


1º "Mirrorball"- É um single estupendo. Dança-se sem perder o foco da voz, da desolação que propaga e da produção, sempre progressiva e repleta de pormenores fascinantes.

2º "Mar Inteiro"- Não esperava gostar tanto. Confunde à primeira, intriga à segunda e é um amor para a vida à décima terceira - novamente a simbiose entre interpretação fulgorante e produção astuta que me fascina.

3º "Sem Aviso"- Em inglês David Fonseca nunca me soou tão épico e urgente. É tão errado que "Senso" e esta canção permaneçam como lados B.

4º "Quebra"- Adoro a sujidade e consternação do tema. Associo-a a um processo de desumanização latente e a um pesadelo industrial. Muito expectante em relação ao novo álbum. 

5º "Heat"- A minha favorita deste último trimestre. Menos garageira e um pouco mais dançável que o costume, soa a um encontro entre os Smiths e Beach Boys. Gosto mais deles a cada novo lançamento. 

6º "Change It"- Não é tão apaixonante quanto a "Useless", mas tem uma mensagem mais forte e acaba por ser o seu single de assinatura. Excelente trabalho de Ben Monteiro nos botões.

7º "Luanda"- Não me transporta decididamente ao país angolano a que faz referência, mas a um qualquer recanto da memória que me apazigua e onde gosto de me perder. Oiço britpop nas suas referências, mas acho que os ventos os levam noutra direcção. Será só de mim.

8º "#LLS"- A culpada por fazer esmorecer as reservas que ainda tinha para com esta banda, desfeitas então quando os vi ao vivo. É o melhor mantra e ginga de ancas de 2015.

9º "Medusa"- Impressionante o que a Capi tem conquistado desde o Sereia Louca. O tópico é sério, a parceria audaz e o tom semelhante à fúria de mil vendavais. 

10º "Movin' Up"- Estava a gostar da vertente White Haus, mas o quando o regresso à banda de sempre se faz com um single tão pegadiço, a mesa de mistura pode esperar. O saxofone soa tão bem nisto.

11º "Branches"- Belíssimo single de estreia para o trio indie pop lisboeta. Faz-me lembrar a tempos os Cranberries de início de carreira.

12º "Dia de Folga"- Pena ter chegado com o calendário já tão avançado. É uma contextualização mais festiva e garrida de "Desfado", não há como não adorar.

13º "July"- QOTSA lusos no horizonte? Rock viçoso de riffs incendiários para filhos de Julho e demais. Não os vou perder de vista em 2016. 

14º "Moça Esquiva"- Uma mudança de ares para Jorge Cruz e companhia, mas sem perder o som popular que lhes é característico. Dançável e divertido.

15º "N.I.K."- Já me tinha cativado por altura da edição de Nociceptor, fiquei radiante quando ganhou estatuto de single. A melhor nu disco emocional aqui ou além-fronteiras. 

Bela colheita que 2015 nos trouxe. Que este entusiasmo criativo e produtivo não nos abandone mais - sempre numa lógica de abundância qualitativa.

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