Boletim de recordes de 25 #5


Duas semanas após o lançamento, 25 continua a arrecadar números monstruosos. Vamos conhecê-los:

Depois de uma primeira semana histórica nos EUA, o disco manteve-se na barreira dos milhões ao vender 1,110,000 cópias na sua segunda semana. 25 torna-se assim no primeiro disco a registar 1 milhão de unidades em duas semanas diferentes, ascendendo o total de exemplares vendidos para os 4,49 milhões - se era já o registo mais vendido do ano em solo americano, passa agora a ser também o álbum mais vendido desde 2011, altura em que o seu 21 (lançado em Fevereiro, atente-se) fechou o ano com 5,8 milhões. 

No Reino Unido a performance não é menos estrondosa: 439 mil exemplares adquiridos na segunda semana que elevam o total vendido para 1 milhão e 239 mil unidades. Em Portugal estreou-se na primeira posição da tabela de álbuns com 3200 cópias vendidas, algo modesto se pensarmos que a certificação de platina corresponde às 10 mil unidades, mas presumivelmente animadoras quando comparadas com a média dos restantes nº1. 

De resto, o disco também já chegou ao topo das tabelas de álbuns de outros 23 países (Grécia, Hungria e Japão são excepções), com certificações de platina para todos os gostos: uma (Espanha, Polónia, Hungria) dupla (Suíça, Bélgica, Alemanha e África do Sul), tripla (Nova-Zelândia, Canadá) ou quádrupla (EUA, Reino Unido e Austrália). 

Apesar de ainda não oficialmente confirmado pela XL Recordings, estima-se que 25 tenha vendido a nível mundial 7 milhões de cópias na primeira semana. E com a chegada do Natal, não há previsão de abrandamento para o blockbuster musical de Adele. 

Falando neles, um utilizador do YouTube lembrou-se de reproduzir "Hello" apenas através de falas de filmes. É genial e ligeiramente comovente:



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Comentários

  1. 3.200 é óptimo se se pensar que em muitas semanas o n.º 1 vendeu por volta de 500 cópias apenas.

    Mas só mostra o minúsculo que é o mercado português.

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    1. Sim, tal como destaco no texto. Acho que já na semana anterior se tinham registado óptimos valores com a edição dos novos álbuns de One Direction e Justin Bieber. De qualquer forma, Novembro e Dezembro são sempre meses de grandes lançamentos que se traduzem em grandes números.

      Saudades dos tempos em que um disco de platina era equivalente a 20 mil unidades. Hoje são apenas 10 mil e muitos se esfalfam para alcançar esse valor. O que vale é que o que os artistas perdem nos discos, ganham com a venda de bilhetes para os seus concertos. E aí estamos melhor e mais saudáveis que nunca.

      É sempre bom ver-te por aqui!

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    2. (Para comprar One Direction e Bieber mais valia estarem quietos)

      Isso só mostra que a questão não é propriamente falta de poder de compra, mas mais a forma como a compra de música é vista no nosso país. O que é mau especialmente para os artistas nacionais.

      Pensava que a platina ainda era 15.000 e ouro 7.500, a mudança terá sido recente.

      No mercado da música ao vivo sem dúvida que Portugal é bastante pujante, mas com algumas peculiaridades. É certo que os artistas internacionais têm sempre outra dimensão, normalíssimo. Mas não deixa de me fazer abanar a cabeça em sinal de desaprovação saber que se uma boa banda portuguesa cobrar 50 € por um concerto muitos vão achar um roubo e provavelmente não vai conseguir vender muito, mas ao mesmo tempo há quem se disponha a pagar € 500 (quinhentos, tive de escrever para acreditar) para ir ver a descabelada Violeta, que consta que até playback faz.

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    3. Exacto, o dinheiro que antes as pessoas gastavam em discos é poupado agora para concertos e festivais. Por alguma razão este Verão foi registado um recorde de afluência de espectadores nos festivais que se realizaram no país.

      Felizmente para os nossos artistas, as coisas já não são assim tão díspares. Se não houvesse procura, não existiam festivais com cartaz exclusivamente nacional como é o caso do Bons Sons, Caixa Alfama ou o Sol da Caparica. Nem precisamos de recorrer ao circuito festivaleiro, o Miguel Araújo e António Zambujo acabam de agendar um 13º (!!) Coliseu (Lisboa e Porto) na digressão conjunta que levam a cabo. A Violetta é um produto associado a uma série televisiva, não a podes levar em conta.

      Creio que a métrica tenha mudado algures em 2014: 10.000 para platina, 5.000 para ouro e 500 para latão (brincadeirinha!)

      Já que falaste na Violetta, lembrei-me que o disco mais vendido dos últimos 10 anos em Portugal é capaz de ser o primeiro da... Floribella, que em 2006 acumulou 10 platinas por vendas iguais ou superiores a 200 mil exemplares. Está explicado o fenómeno Violetta.

      Penso que em Portugal a febre da Adele não seja tão alarmante. Num boletim anterior referi que fomos o país em que o '21' teve uma das piores classificações nas tabelas (3º lugar, dupla platina). Não admira por isso que na sua primeira semana o '25' não tenha atingido sequer a certificação de ouro, já as datas na MEO Arena esgotaram em menos de 24 horas.

      Tudo nos conformes, portanto.

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    4. Achava que eram os D'ZRT o mais vendido. Bom, sim, séries sobretudo quando dirigidas a putos. Pelo menos penso que nem a Floribella nem a "boyband de gajos feios" (by my sister) se atreveu a cobrar 500 euros nem lá perto por bilhete. Deviam ter receio de serem acusados de exploração de crianças. A Violetta como vem doutro país (mesmo que mais pobre que Portugal) já pode.

      Entretanto, o novo disco de Ana Moura já atingiu platina. Segundo as tabelas estreou a semana passada em 2.º lugar atrás de "25" (as tabelas costumam ser divulgadas às quintas e referem-se às vendas da semana antecedente). Por isso, também Adele já estará certamente platinada em Portugal.

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    5. Também não me parece que alguma vez tenham estado bilhetes de 500€ à venda em locais oficiais para o concerto. Quanto muito terá acontecido em situações de revenda, em que o histerismo/desespero de quem compra está à disposição da ganância de quem vende.

      Sim, também tinha lido essa notícia. Vai de encontro ao esperado, se tivermos em conta que o anterior 'Desfado' é o título mais vendido da década (6x platinas = 60 mil exemplares). Penso que até ao Natal não terá dificuldade em chegar à dupla platina. Surpreende-me que não seja nenhum álbum do Tony Carreira a deter essa marca.

      É capaz de estar, se o 'Moura' está há duas semanas na contagem e já conseguiu a certificação sem nunca ter estado em 1º lugar, então dona Adele que está há 3 no topo já vai é a caminho da segunda. Como sempre a pouca transparência dos dados não ajuda, só podemos supôr.

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  2. Não, era mesmo preço de bilheteira...

    http://www.mysound-mag.com/2013/12/violetta-em-portugal.html

    http://www.cmjornal.xl.pt/cultura/detalhe/concertos_da_violetta_vao_render_37_milhoes.html

    As crianças obviamente não terão grande noção, mas era de esperar que os pais tivessem um bocadinho mais de juízo do que alimentar uma moda temporária (e gananciosa). Digo eu.

    Tendo em conta que a platina até há pouco tempo correspodndia a 15.000 exemplares, essas 6x platinas não serão ainda mais que 60.000?

    De qualquer forma, sendo Adele ou Ana Moura, parece-me bem entregue.

    Felizmente não é ninguém do abominável clã Carreira, aquele David até para falar deve precisar de auto-tune.

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  3. Ok, é mesmo uma situação desprezível.

    http://blitz.sapo.pt/idesfadoi-de-ana-moura-ja-e-quintupla-platina=f97972

    Oops fiz confusão. Os últimos dados de Outubro davam conta que tinha chegado à quíntupla platina, não especificam é se equivale a 75 mil unidades ou 50 mil. De qualquer forma acho esta situação duvidosa, porque o 'En Acústico' de Pablo Alborán está certificado com seis e foi lançado em 2011. Logo é ele o detentor da melhor marca nesta década. Mas uma vez que o fenómeno em seu redor há muito desapareceu, não lhes interessa revelar essa informação. Já a Ana Moura tinha um disco a sair e não só implicaria vendas extra do penúltimo, como ainda abria apetite para o que ai vinha.

    Tss tss, parece-me que a AFP merece um tau-tau.

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  4. Parece que afinal a platina se mantém nos 15.000 e o ouro nos 7.500. Isto com base numa foto dos dois galardões já deste ano e que indicam respectivamente "vendas superiores a 15.000 exemplares" e "vendas superiores a 7.500 exemplares".

    E agora os tops de vendas de álbuns em Portugal vão até ao Top50. Se já antes no Top30 havia álbuns a vender por volta de 100 cópias, agora no 50 nem quero imaginar...

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  5. Ok, menos mal. Não sei porque razão me mentalizei que as métricas tinham mudado... talvez por ler essa informação tantas vezes e achar que tinham caído ainda mais.

    A sério? É capaz de ser bom para as bandas de garagem e para quem lança álbuns em edição de autor. Para o público é completamente desnecessário. Actualmente só conheço o top 10 semanal porque a Blitz ainda faz questão de reportá-lo.

    A propósito, há coisa de um mês também temos um top de streaming, que juntamente com o de downloads dá origem a um outro de singles. Pelo que tenho acompanhado, tem sido liderado pelo Justin Bieber, o que acompanha a tendência verificada no resto do mundo.

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  6. Nem isso, porque a AFP só conta com as vendas das editoras suas associadas...

    Já tinha ouvido dizer, mas nem sei bem o que é o top de streaming cobre exactamente. Spotify e esse género de serviços? Parece um pouco estranho juntá-lo com o top de downloads para fazer um top de singles, faria mais sentido para mim ter um de streamings (gratuito) e outro de downloads pagos.

    E de facto esses tops são dominados maioritariamente por artistas(?) que para mim caem na categoria de nulidades, em linha de facto com a tendência mundial.

    Facto é que o Top30 Álbuns passou a Top50 e o Top50 Singles passou a Top100:
    http://www.portuguesecharts.com/index.asp

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  7. Sim, penso que abranja Spotify, MEO Music, Apple Music, Google Play e talvez outras plataformas menos conhecidas mas que também não deverão ter grande expressão por cá. Acho que não contabilizam, como acontece lá fora, as visualizações do YouTube.

    Então mas continuas a ter três tops - streaming, downloads e singles - sendo que este último é composto pelos dois primeiros e passa apenas a medir o consumo de música digital. Penso que seria importante não descurar o top airplay, mas nem sei se já foi descontinuado ou não.

    Acho que por cá os topes ainda são piores. Pelo menos nos internacionais ainda encontro artistas interessantes e gosto genuinamente de acompanhá-los. Aqui há muito... betume.

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  8. O Apple Music é um serviço pago, não acredito que tenha muitos subscritores em Portugal. E o Google Play, tal como a Amazon, também é downloads.

    Mas no fundo o de downloads não é autonomizado, há só o de streaming e depois o global, de singles, abrangendo ambos.

    Eu diria que eu geral a música actual é mesmo muito má. Em tops como o do UK há mais variedade e um pouco de melhor gosto de facto, mas o mal é geral. Eu quando olho para muitos dos tops, mas sobretudo nacionais, só penso: como é que há quem compre isto?

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  9. Penso que os três maiores players serão o Spotify, MEO Music e Apple Music, sendo que o primeiro deve ter o dobro de utilizadores dos outros dois.

    Adoro acompanhar os tops do UK, EUA, Austrália e Nova Zelândia. Encontro motivos de interesse em todos eles. Primeiro pelo acompanhamento de tendências e depois pela descoberta de novos artistas. Mas também vibro com as posições, recordes e estatísticas. Um autêntico "chartanatic" :P

    Oh isso é como a histórias das calças amarelas. Se ninguém as comprasse, não seriam fabricadas. Haverá sempre alguém que gostará das coisas mais recambolescas e de mau gosto, que por vezes acabam por ter expressão no mainstream. Acabo por dar mais atenção ao que passa nas rádios nacionais como barómetro dos gostos e tendências do país, do que propriamente à tabela de singles.

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  10. Isso é um círculo (vicioso ou virtuoso, depende da perspectiva), já que as rádios também fazem elas gostos e tendências. Muito raramente terá havido um grande sucesso que não tenha tido apoio das rádios.

    Aliás, sempre que alguém tem um flop, qual é a desculpa mais usada? "Radio snub"

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  11. A longo prazo a presença na rádio ajuda a sustentar as canções nos tops, mas actualmente estas conseguem transformar-se em hits do dia para a noite com exposição massiva no YouTube, Spotify e afins. É o milagre do streaming.

    Digamos que a rádio chega atrasada à festa, já que só começa a passar as canções semanas depois destas terem explodido na web.

    De vez em quando temos excepções. Lembro-me perfeitamente da "All of Me" ter começado a passar nas rádios portuguesas muito antes de ter qualquer expressão comercial lá fora, sendo que terminou 2013 como uma das mais tocadas por cá. O mesmo se passou com a "Happy", pela mesma altura até. Ambas só se tornaram êxitos gigantescos em 2014. São os casos mais flagrantes de que me recordo.

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