Sky e Azealia: as estreias eternamente adiadas

Os sucessivos adiamentos dos álbuns de estreia de Sky Ferreira e Azealia Banks, duas das Magníficas da colheita de 2012, dão o mote a este post que tenta perscrutar o porquê da demora.
 
 
Quando em Outubro do ano passado Sky Ferreira era apresentada aqui no blog, a sua carreira já tinha dado mais voltas que o próprio sistema solar. A luso-descendente de 21 anos persegue desde 2010 uma carreira musical e entre mudanças de visual, de atitude e sonoridade, nunca mais chega o aguardado álbum de estreia que há muito anuncia.
 
"Everything is Embarrassing" parecia ser o agente catalisador, cativando tanto a crítica como o público, mas o certo é que ou por indefinição quanto ao caminho a seguir ou pela dificuldade de igualar a qualidade dos temas reúnidos em Ghost, o EP lançado há 9 meses atrás, Sky acaba de adiar pela 3ª vez a data de edição do disco.
 
Primeiro com o título de Wild at Heart, o álbum seria lançado no Verão de 2012. Depois enveredaria antes pela edição do já referido EP Ghost, alterando o nome do disco para I'm Not Alright (oh, the irony), ficando a data de lançamento por agendar. No início de 2013 o título mudava uma vez mais - uma última vez, assim se esperava - para I Will (sure honey, sure) com saída escalada para este Verão. Até que - pasmem-se! - as últimas declarações de Sky indicam que afinal o dito cujo só sairá em... 2014, apenas depois de lançar um novo (adivinharam) EP em Setembro próximo.
 
Começa a ser constrangedor e deveras preocupante todas estas trocas e baldrocas que não vão dar a lado nenhum. É muito grave quando isto acontece logo em início de carreira: crise de identidade? pressões externas? falta de auto-confiança? Eu sei lá - é uma autêntica confusão que para aqui vai e desconfio que quando chegar a altura, poderá ser tarde de mais.
 
Neste momento "Everything is Embarrassing" mas no futuro tudo poderá não ter sido mais do que um "Sad Dream":
 

 

 
Na mesma situação encontra-se a polémica rapper nova-iorquina, se bem que o cenário é um pouco menos incógnito, para além de que se encontra sempre em actividade - seja a lançar um EP, uma mixtape ou envolta em guerras no Twitter com colegas de profissão, o que já lhe tem valido uns quantos ódios de estimação.
 
Foi aqui apresentada em Junho de 2012 e desde essa altura que anda a prometer o álbum de estreia, Broke with Expensive Taste, que agora é esperado lá mais para o final de 2013. E, segundo a própria, há 5 anos que se encontra a prepará-lo (pelos meus cálculos deve ir na sua 94ª versão).
 
Aqui a produtividade e a indefinição artística não são o problema, creio que a demora se tem prendido com a vontade de chocar e criar temas rebuscados e megalómanos - basta ouvir "Yung Rapunxel" - coisa que, naturalmente, leva o seu tempo.
 
Para já apenas se sabe que há colaborações com Pharrell Williams, Lazy Jay e Machinedrum (o nome dos Disclosure também já surgiu, mas parece que a parceria não se concretizou). Os temas, esses, mudam de dia para dia, não fosse Azealia adepta do quanto mais esquisito e inesperado, melhor.
 
Verdade seja dita, gosto pouco ou nada dos últimos temas que deitou cá para fora. Relembremos esse esplendoroso ano que foi "1991":



Minhas senhoras, vamos lá parar com as indecisões e lançem de uma vez os respectivos álbuns. Mau ou bom, o álbum de estreia não vos perseguirá para sempre, a menos que pretendam uma aventura de uma só noite. Vamos, arrisquem e deitem cá para fora!

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