8 nomes que gostava de ver ao vivo em 2014

2014 encaminha-se para ser bastante sumarento no que a concertos diz respeito. Ter nomes de proa como Beyoncé, Justin Timberlake, Arctic Monkeys ou Arcade Fire a servir de atracção principal a diversos eventos musicais no nosso país é muito bom sinal, tanto para as promotoras como para nós, espectadores. 

Na verdade, há poucas razões para reclamar. Já me dou por muito contente se conseguir ir ver os dois primeiros nomes acima referidos e voltar ao Alive, onde fui muito feliz o ano passado. Mas nunca é de mais sonhar, certo? Numa altura em que a maioria dos cartazes dos festivais ainda está em aberto, escolhi 8 nomes que gostaria que preenchessem as vagas ainda disponíveis e cujos concertos certamente não perderia. São eles:

1- Foster the People


O bando do senhor Foster está a dever-nos uma. Em 2011 estiveram agendados para o Paredes de Coura naquela que seria a sua estreia em solo nacional, mas acabaram por desmarcar e desde então nunca mais se redimiram perante o povo português. No mês de Março editam o 2º longa-duração, Supermodel, daí que o regresso aos palcos já este Verão seja um cenário altamente provável. A acontecer, acho que o Alive (dia 12), Super Bock Super Rock ou novamente Paredes seriam os ambientes perfeitos para a indietronica orelhuda e esquisitóide deste trio californiano que tanto aprecio.

2- Paramore


O meu amor pelos Paramore tem crescido ao longo dos anos, assim como a vontade que tenho de vê-los ao vivo. Perdi uma boa oportunidade quando vieram ao Optimus Alive em 2011, ano em que o meu percurso de festivaleiro se cingiu ao extinto Festival dos Oceanos no Terreiro do Paço. Estivessem eles este ano confirmados e nem hesitaria duas vezes, mas parece-me que isso está fora de questão, visto que nas datas do evento lisboeta eles encontram-se a dar concertos nos EUA. Mas não percamos a esperança: em Abril, Maio e na primeira metade de Junho têm a agenda livre. Senhores do Rock in Rio, aproveitem!

3- Bastille


Não é segredo para ninguém que gosto muito deste projecto encabeçado por Dan Smith, cujo álbum de estreia - Bad Blood - esteve no meu top 5 dos favoritos de 2013. No ano passado estiveram ocupados a promover o álbum pelo Reino Unido fora e em 2014 partiram à conquista da América, daí que já devem ter grande parte da agenda ocupada até ao Verão. Em Portugal também são poucos os que estão familiarizados com estes britânicos (pelo menos é a ideia que tenho) daí que causariam pouco impacto mediante o festival para que fossem escalados. Ainda assim, creio que dariam um excelente concerto e captariam o entusiasmo do público. Se os Imagine Dragons (buuuuuuuhhhh) têm direito ao palco Heineken do Alive, então os Bastille também não me pareceriam, de todo, deslocados nesse mesmo recinto. 

4- Disclosure


Acreditem que a nível de concertos, no ano passado, nada me custou mais do que não marcar presença na estreia dos manos Lawrence no nosso país, no primeiro dia do Optimus Alive. Eu fui lá, pois fui, mas 2 dias depois. Ainda que o concerto dos Alt-J me tenha valido pela vida, o certo é que até hoje não consegui superar o trauma de ter perdido o set desta dupla britânica que injectou um novo fulgor à cena garage/house do novo milénio. É quase garantido que não voltarão a marcar presença no evento do Passeio Marítimo de Algés deste ano, mas, verdade seja dita, também não consigo encaixá-los em nenhum outro festival. Sudoeste? Esperemos que não, pois nem morto lá ponho os pés.  Vodafone Mexefest? Humm, acho que se tornaram demasiado mainstream para que tal aconteça. Paredes de Coura? A altas horas da noite não destoariam, pelo menos. Bem, o mais sensato será voar até Inglaterra para ver os moços ainda este ano - quem quer vir comigo?

5- Bombay Bicycle Club


A sua última (e única) visita a este país à beira mar plantado ocorreu precisamente em 2011, no mesmo festival em que os Paramore marcaram presença. Caramba, já bastava ter perdido os Coldplay, Paramore e agora os BBC também... mas não vale a pena atormentar-me pois só os viria a descobrir em Setembro desse ano, de maneira que agora estou muito mais apto para assistir a um concerto de Jack Steadman e companhia do que estaria na altura. Ando muito entusiasmado com estes senhores que a 3 de Fevereiro editam So Long, See You Tomorrow, álbum antecedido pelos estupendos "Carry Me" e "Luna" e que parece marcar uma viragem nas composições mais acústicas do grupo. Vejo-os num Alive, Paredes de Coura e Optimus Primavera Sound. A cereja no topo do bolo seria se trouxessem Lucy Rose e Rae Morris por arrasto - olhem só que belo cenário seria...

6- Florence and the Machine


Reparem só na imagem. Podia servir de capa a um livro pertencente ao universo fantástico, nomeadamente a um onde existissem druidas que convocam o poder da lua e se vestem com longos mantos como o que Florence Welch enverga na foto. É mesmo essa ideia que eu tenho de um concerto da sua banda: uma experiência que desafia os sentidos e nos transporta para um outro universo que só encontramos nas histórias de encantar. Tal como os Foster the People, também Florence e a sua máquina nos devem uma, visto que cancelaram a sua presença no Alive'12 devido a problemas vocais da vocalista. Para 2014 ainda não há confirmação de um novo álbum, mas é provável que retomem os concertos antes de editarem o sucessor de Ceremonials (2011). Para Junho já têm uma data na Polónia, por isso, senhoras promotoras, tragam-nos cá. RIR, Alive, SBSR, Paredes ou até Sudoeste, qualquer um deles tem perfil para receber este belíssimo projecto. 

7- Ellie Goulding


Como é que ainda ninguém se lembrou de a trazer a Portugal? É uma artista excepcional que já furou de vez o circuito mainstream ("Lights" e "Burn" tornaram-se dois valentes hits radiofónicos) e que funcionaria muito bem em vários festivais - Alive (palco Heineken), Sudoeste (por mais que me recuse a ir, encaixa lá que nem uma luva) e - porque não - Rock in Rio. Acho que muitos ficariam surpreendidos com o concerto que Ellie Goulding proporcionaria, pois muitos conhecem-na apenas dos singles, mas o certo é que já conta com 2 álbuns francamente interessantes capazes de proporcionar belíssimos momentos ao vivo que tão depressa põem as pessoas a dançar como as mergulha num turpor etéreo. Refiro-me a "Only You", "My Blood", "Home", "Animal", "Hanging On" ou "Joy". Arrisquem e vão ver que vai valer a pena!

8- London Grammar


No ano passado tivemos Jake Bugg, Rhye, AlunaGeorge, Disclosure ou Alt-J - tudo artistas revelação que vieram ao nosso país pela primeira vez. E todo no mesmo evento: Optimus Alive. Até ver, 2014 ainda não tem nas suas fileiras nomes capazes de suscitar entre os festivaleiros o mesmo tipo de interesse que os nomes acima referidos provocaram no ano passado. Daí que as promotoras bem que podiam tentar ir buscar revelações que lhes escaparam em 2013, entre eles os Chvrches ou London Grammar. Como o meu coração bate mais pelos etéreos ambientes crepusculares sob o qual se desenha o trip hop dos britânicos Dot, Dan e Hannah gostava muito que eles fossem a "aposta tardia" de 2014. E já tenho tudo imaginado na minha cabeça: Palco Heineken do Optimus Alive no dia 12 de Julho. Pode ser, Sr. Covões?


Como referi no início do post, serei um rapaz muito muito feliz se conseguir ver a Beyoncé e o Mr. Timberlake. Mas gostava de voltar ao Alive e neste momento o cartaz ainda não me deu razões de sobra para isso. Gostava também de experimentar o SBSR (mas preciso de saber quem mais vai para além do Jake Bugg) e de ir a Paredes de Coura, se bem que isso levanta uma série de questões de logística e monetárias para as quais não sei se estou preparado para suportar. E também não sou o tipo mais aventureiro deste mundo... mas isso resolve-se, eventualmente. 

Agora é continuar a acalentar a esperança de ver alguns destes nomes confirmados em breve e... esperar que o Verão chegue depressa :)

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Comentários

  1. Ok concordo com todos lol. Bombay Bicycle Club é que já não ligo muito! Mas que venham esses artistas todos eheh!

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  2. "No ano passado tivemos Jake Bugg, Rhye, AlunaGeorge, Disclosure ou Alt-J - tudo artistas revelação que vieram ao nosso país pela primeira vez. E todo no mesmo evento: Optimus Alive."

    Os Alt-J já tinham tocado no Milhões de Festa em Barcelos e os AlunaGeorge no Musicbox em Lisboa.

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  3. E em Dezembro de 2012 a banda do triângulo também marcou presença no Vodafone Mexefest, lembrei-me entretanto. Agradeço a correcção.

    Ainda tenho um longo caminho a percorrer no que toca à história dos festivais, mas a intenção do post foi a melhor. Por norma sou bastante comedido nas minhas afirmações, mas aqui suponho que poderia ter investigado melhor.

    Só espero que numa próxima me congratulem de forma tão pronta e eloquente tal como me corrigem/criticam. Anónima ou publicamente.

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  4. Não foi uma critica para deitar abaixo o teu blog, espero que continues a escrever. Só achei injusto para os outros promotores.
    Já agora parabéns pelo website, e obrigado por apoiares projectos nacionais!
    Keep up the good work

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  5. Não o vi como uma crítica depreciativa, apenas fiquei um pouco triste/revoltado pelo comentário se resumir a um reparo. E ninguém gosta de ser julgado por um momento menos bom, foi isso. Enquanto escrevia o post, tinha apenas em mente os festivais de maiores dimensão, daí que o Milhões de Festa ou o Music Box (se bem que não entra na categoria de festival) me tenham escapado.

    Mas agora percebo que a intenção foi a melhor e, já que te revelaste, aproveito para dizer que gosto bastante do projecto a que tu e o teu irmão dão vida, inclusivé já falei de vocês aqui no blog por 2 ocasiões. O "Françoise Hardy" e o "Bright Lights" são duas das minhas grandes jams!

    Agora que o "mal entendido" já está resolvido, espero que continues a visitar-me, seja para corrigir ou elogiar-me sempre que necessário. Obrigado e longa vida a esses tentáculos :)

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  6. Obrigado Gonçalo! Abraço, B

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