12 Figuras Que Marcam a Pop do Séc. XXI (5º-Pharrell Williams)


Poucas serão as figuras dos últimos 15 anos tão omnipresentes e ao mesmo tempo tão ausentes do panorama musical quanto Pharrell Williams, nome indispensável na disseminação da cultura urbana na esfera pop do novo século - um homem que sempre preferiu a sombra em vez da bananeira.

O caminho que vinha a ser traçado desde meados da década de 90 a bordo dos The Neptunes conhece novo fôlego logo na primeira metade dos anos 00 com os préstimos da dupla a serem requisitados por artistas de primeira linha: estavam lá quando Britney Spears se rebeliava contra a inocência em "I'm a Slave 4 U" (2001), quando o rapper Nelly incendiava a pista de dança ao som de "Hot in Herre" (2002) ou no primeiro dia do resto da vida de Justin Timberlake, quando este deixava de ser o menino da boysband e passava a perseguir o trono do Rei da Pop em "Like I Love You" (2002).

Pela mesma altura, em 2001, formava os N*E*R*D* com Chad Hugo (a outra metade dos Neptunes) e Shay Haley, com os quais lançou 4 discos entre 2001 e 2010 num espectro mais derivativo do funk rock do que do hip hop e electro-R&B que se tornou marca de água das produções dos The Neptunes.

Em 2006 fazia uma primeira tentativa de emancipação a solo com In My Mind, de pobre aclamação crítica e comercial, mas continuava a ser na condição de cicerone invisível que a sua marca mais se fazia sentir: quer fosse a dar a Snoop Dogg a sua canção de assinatura com "Drop It Like It's Hot" (2004), a proporcionar a Gwen Stefani a aventura de uma vida com "Hollaback Girl" (2005) ou a ser parte integrante de mais uma reinvenção discográfica de Madonna em Hard Candy (2008).

A calmaria sentida nos anos finais da década passada e no início da actual - dedicados a trabalhos de menor expressão comercial com Jennifer Lopez, Shakira, Beyoncé, Gloria Estefan ou na área do hip hop ao lado de T.I., Lupe Fiasco ou The Game - não indiciavam um decréscimo da sua relevância, muito pelo contrário, exultavam a versatilidade e o imenso talento do homem que em breve reclamaria por fim o seu lugar no panteão das estrelas pop.

A presença autoral e vocal em "Get Lucky" dos robots franceses Daft Punk e "Blurred Lines" de um rejuvenescido Robin Thicke, dois dos maiores êxitos de 2013, levaram Pharrell Williams a conhecer níveis de sucesso nunca antes vividos e a aumentar a sua já vasta lista de colaborações: de Miley Cyrus, Kylie Minogue, Ed Sheeran, Paloma Faith, Jennifer Hudson a Azealia Banks - todos queriam um pedaço do homem a quem a intemporalidade assiste.

O incrível fôlego é o bastante para se lançar numa nova investida a solo em 2014, G I R L de seu nome, já como protagonista do blockbuster que sempre recusou. E é aos 40 anos de idade que obtém o primeiro grande gigante êxito a solo com o inescapável "Happy". E talvez o melhor ainda esteja para vir.

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