Magnífico Material Desconhecido #204
Andra Day
Um olhar de relance leva-nos a pensar que estamos perante uma fotografia de Rihanna tirada algures dos outtakes de "We Found Love". Apesar das evidentes semelhanças físicas, trata-se de Andra Day, a estreante que muitos terão conhecido graças à emissão dos Grammys do passado dia 15. E só por isso já terá valido a pena acompanhá-la.
Reduzi-la à condição de sósia é ingrato. O aprumado visual vintage recuperado às grandes divas da Motown é apenas o ponto de partida para a compreensão da sua identidade musical, construída em redor de elementos soul, jazz, blues e R&B e de ícones como Nina Simone, Billie Holiday ou Aretha Franklin.
Nascida há três décadas em San Diego, California, Andra Day - de seu nome verdadeiro Cassandra Batie - cresceu a cantar no coro da igreja local e a frequentar uma escola de artes performativas. Em adulta, ao cantar em clubes nocturnos, foi descoberta nada mais nada menos por Stevie Wonder, figura essencial na sua contratação para a Buskin Records. Seguir-se-iam as típicas covers no YouTube - destaque para "Mamma Knows Best" de Jessie J ou o mash-up entre Amy Winehouse e Lauryn Hill - que captariam a atenção da major Warner Bros. Records, pela qual assinou um contrato discográfico.
Em Agosto último chegaria o primeiro disco, Cheers to the Fall, com contributos de Raphael Saadiq, Questlove dos The Roots, ou dos Dap-Kings de Sharon Jones, que lhe valeu duas nomeações para os Grammys deste ano - a de Melhor Álbum R&B e Melhor Performance R&B por "Rise Up" - obtidas sem qualquer presença considerável nos media ou reconhecimento público.
É, pois, um tesourinho à espera de ser descoberto:
"Rise Up", Cheers to the Fall
Moving mountains
"Forever Mine", Cheers to the Fall
Trapped in a box
Se gostaram escutem também: "City Burns", "Cheers to the Fall" e "Only Love"
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