Ídolos 2012: Diogo Piçarra


Todas as pessoas nascem com um dom: uns levam uma vida inteira a descobri-lo, outros sabem que o têm, e utilizam-no, ora em proveito próprio, ora expondo-o ao mundo. Pode-se por isso dizer que esta 5ª edição do Ídolos serviu precisamente para Portugal ficar a conhecer o extraordinário talento do Diogo.

Ao contrário da sua adversária, passou despercebido para a maioria na fase de castings e poucos foram os que apostaram que ele estaria entre os 2 últimos finalistas. Ouvi-o pela primeira vez, na fase do teatro, a cantar uma sentida versão de "Secrets" e desde logo todos os meus sentidos me alertaram que estava perante alguém que iria longe no programa. As poucas dúvidas que tinha dissiparam-se com a sua estupenda interpretação de "Golden Days", e foi então que apostei nele como o vencedor.

Chegado à fase das galas, foi conquistando o seu lugar como um dos favoritos mas teve também que enfrentar a dura e injusta censura por parte de Manuel Moura dos Santos, que raramente gostava das suas prestações. O certo é que ele não se deixou levar pelas críticas e foi evoluindo gala após gala, traçando um percurso formidável.

Não é segredo algum que ele foi sempre o meu favorito e que todas as semanas lhe teçi aqui, neste blog, rasgados elogios. Pondo agora de parte o meu lado emocional e pensando racionalmente, a pergunta que se impõe é a seguinte: será que ele mereçe mesmo ser o próximo Ídolo de Portugal? Sem qualquer sombra de dúvida, merece e muito.

O que o Diogo trouxe ao Ídolos foi algo nunca antes visto no programa: ele não se limitou a cantar os temas, conferiu-lhes um poder interpretativo único e todas as semanas deixou naquele palco um pedaço da sua alma. Embuído de genuinidade, sem tiques de vedetismo e com um dom único para despertar com fervor emoções e sentimentos, ele foi a melhor coisa que poderia ter acontecido a este programa. Em cada gala havia em si sempre uma nova tonalidade para descobrir, um oásis para desfrutar, uma versatilidade surpreendente e uma dedicação e empenho comoventes.

A sua adversária terá mais a ganhar com o prémio, pois o Diogo não precisa de melhorar a sua técnica ou de aprender a ser artista: ele, melhor do que ninguém, sabe como chegar ao público e é já um verdadeiro artista, em todas as acepções que a palavra permite, pronto para arrebatar multidões por esse mundo fora.

Caso ganhe, uns dirão que é por ser "o menino bonito" ou por ser rapaz e ter a vida facilitada. Mas não neste caso. Se ele for o vencedor, é porque soube chegar ao coração dos portugueses e porque nos deu algo que precisamos tanto: puro talento aliado à mais pura da genuinidade. Caso não ganhe, continuará a ser tão ou mais formidável, mas, no final do dia, o Ídolos trata-se de um programa de emoções e por isso deve ser recompensado por tudo aquilo que nos deu. E foi tanto...

Independentemente do que acontecer no próximo Domingo, marcou-nos a ferro e fogo e será para sempre recordado como um dos concorrentes mais especiais que já passaram por um concurso musical. A ti, Diogo, um enorme obrigado.

Recordem os seus melhores momentos no programa:

8ª Gala-"The Whole of the Moon"



5ª Gala-"Creep"



9ª Gala-"Skinny Love"



6ª Gala-"Se Eu Fosse Um Dia o Teu Olhar"


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