Into The Music Awards 2012

Música do Ano

Florence and the Machine-"Shake It Out"

De uma mescla de órgãos, sinos, tambores pulsantes e de um sentimento de cura emocional, de renascer das cinzas, nasce aquele que é um dos hinos mais sublimes e iluminados que Florence Welch e a sua máquina já criaram. Com uma interpretação vocal majestosa embebida em camadas de gospel, "Shake It Out" é um autêntico banquete espiritual para os sentidos, capaz de exorcizar todo e qualquer demónio e purificar a alma.
Rihanna/Calvin Harris-"We Found Love"

A Terra tremeu quando a força de Rihanna colidiu com a magia sobrenatural de Calvin Harris para darem vida à suprema criação nos domínios da electro house: um colosso dance pop embebido numa paradasíaca voz que, rodeada de uma eufórica pirotecnia sonora, nos transporta a uma outra dimensão, para lá do paraíso. Um hino sobre a loucura do amor e a dor da perda que deixa em êxtase cada fibra do nosso ser.

Fun/Janelle Monáe-"We Are Young"

"We Are Young" é mais do que um mero lamento confuso que conduz a um refrão gigantesco e grandioso que se tornou num dos maiores hinos do ano. "We Are Young" significa, sobretudo, a afirmação da indie pop e o início do fim da supremacia da electropop. Soberbamente construída, tem um foco de poder intenso que atinge em todo o seu esplendor quem o ouve. Emana esperança e marca o começo de uma nova era.
Coldplay-"Paradise"

Naquele que é um dos singles mais orelhudos de sempre da banda, os Coldplay apontam para o infinito e mais além, criando um tema de génese pop com camadas de rock electrónico e até algum R&B. O resultado foi um tiro certeiro no campeonato pop, uma criação idílica, sonhadora e absolutamente bela que se transformou numa fábula dos tempos modernos. Nunca a concepção do paraíso foi tão clara e perfeita.
Marina and the Diamonds-"Primadonna"

O nascimento de Electra Heart dá-se ao som de "Primadonna", pedaço electro rock com pinceladas de house e disco que, aparentemente fútil e inofensivo, veicula a entrada de Marina and the Diamonds no circuito comercial ao mesmo tempo que aproveita para ironizar com elegância e subtileza todos aqueles que se movem pela ganância do poder. Dr Luke e Cirkut acrescentam os seus pós mágicos e o resultado é tão monstruoso como os efeitos de chuva ácida sob uma floresta tropical.
Carly Rae Jepsen-"Call Me Maybe"

Nos dias que correm, a pop reveste-se de tantas camadas e de tanto aparato que, por vezes, nos esquecemos do que a torna tão apelativa: a sua simplicidade. Carly Rae Jepsen aprendeu bem a lição e fazendo uso das plataformas interactivas, transformou o seu "Call Me Maybe", um simples tema sobre uma paixão fugaz e repentina, num autêntico fenómeno viral. Eficaz e irritante q.b, no final do dia é isto que um bom tema pop deve ser: divertido.
David Guetta/Sia-"Titanium"

Habituado a colaborar com artistas de renome, foi preciso uma colaboração com uma cantora/compositora pouco conhecida para que David Guetta tivesse em mãos uma das melhores criações da sua carreira. É Sia quem leva o tema a outra dimensão, sendo a voz que se ergue no meio de uma tempestade de sintetizadores flamejantes, a fúria do deserto imune a qualquer abalo. Tal como o nome indica, é titânico, poderoso e absolutamente brilhante.
Gotye/Kimbra-"Somebody That I Used to Know"

"Somebody That I Used to Know" encerra em si mistérios que até o mais atento dos melómanos tem dificuldade em explicar. O certo é que ao longo dos últimos 12 meses tornou-se um fenómeno sem precedentes que escalou as tabelas do mundo inteiro. De composição simples, o segredo reside na melodia encantada e hipnótica e nos versos de uma história de amor falhada  que nos atingem com uma tremenda força. Sem dúvida, um épico dos tempos modernos.

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