Into The Music Awards 2012

Artista Feminina do Ano

Marina and the Diamonds

O ouvinte mais preguiçoso e desatento pode pensar que a Marina de 2012 é apenas mais uma no batalhão de artistas femininas que se torna comercial porque lhe dá na gana, sacrificando assim as suas origens indie e new wave. Pois bem, Marina and the Diamonds optou não pela via mais óbvia, mas por uma intrincada e bem conseguida personificação de tudo aquilo que abomina e teme ser. Assim nasce a saga Electra Heart, personagem a que dá corpo e que não é mais do que uma metáfora para criticar e ironizar a futilidade e ambição desmedida do ser humano. Oiça-se o pedaço electro-rock genial de "Primadonna" ou a cadência sublime de "Power and Control", arquétipos da personalidade feminina. Em 2012 não se encontra pedra mais preciosa que esta.
Katy Perry

Há 2 anos em actividade ininterrupta, Katy Perry termina, embuída de glória, a formidável e incansável era de Teenage Dream, que superou todas as expectativas. A viagem pelo mundo do arco-íris prosseguiu ao som das promessas que ficaram por cumprir em "The One That Got Away", ao hino da emancipação e força interior de "Part of Me", encerrando com chave de ouro com o renascer de "Wide Awake", abrindo assim um porta futura que sugere caminhos tenebrosos e menos coloridos. Em 2012 e prestes a fechar este ciclo, não restam dúvidas: Katy Perry vive "o" sonho.
Adele

Após ter causado um verdadeiro terramoto na indústria musical ao longo do ano passado, Adele continua, em 2012, a protagonizar réplicas da devastação sonora que 21 - entretanto já elevado a obra-prima - tem proporcionado nos últimos 18 meses. A impiedosa "Set Fire to the Rain", a brilhante "Rumour Has It" e o estilhaço de alma presente em "Turning Tables" mantiveram-na bem lá no alto e ajudaram-na a quebrar os poucos recordes que ainda não tinha alcançado. Continua a tornar o impossível em possível e a cada dia que passa acentua-se o seu estatuo de lenda.

Rihanna

Presença habitual nas tabelas mundiais e nos estúdios de gravação, Rihanna é uma máquina muito bem oleada que sabe, melhor do que ninguém, que a pop é um casamento para a vida inteira. Continua a desafiar as leis do panorama musical com sucessivos álbuns e não há quem a detenha. Na era de Talk That Talk destacam-se a pirotecnia eletrónica monumental de "We Found Love" e o colosso house e techno de "Where Have You Been". Houve também tempo para colaborar com Drake num hipnótico "Take Care" e com os Coldplay num improvável mas imponente "Princess of China". Impera a pergunta: até quando, Rihanna?  Até o coração aguentar.


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