Considerações acerca do Factor X- IV

A 2ª edição do Factor X despede-se com as últimas badaladas do ano já esta quarta-feira, e por isso é tempo das derradeiras considerações antes de ser declarado o vencedor. Olhemos então para os 3 finalistas:

Kika

A favorita a vencer a competição desde o início, manteve-se intocável até à semi-final. A única candidata que nunca esteve nos menos votados, a que mais ovações em pé recebeu, a que mais rasgados elogios ouviu... e a única a dar-nos prestações fabulosas e consistentes da primeira audição à última gala. Não há nem pode haver como falhar a medalha de ouro. Mas será extremamente emocionante vê-la sagrar-se vencedora, não só porque será o culminar do verdadeiro conto de fadas que está a viver mas também porque é raríssimo ver uma mulher vencer um programa destes. Contas feitas, neste milénio apenas 4 senhoras triunfaram em talent shows. Aconteceu nas 3 primeiras edições da Operação Triunfo e a última na quarta de Ídolos, há quatro anos atrás. De lá para cá tivemos fantásticas representantes femininas, mas nenhuma com a força prodigiosa e a caixa torácica que esta senhora tem. Está na altura de inverter a tendência e dar a vitória a alguém que nunca antes tinha tido a oportunidade de revelar o seu talento, e quando o fez, fez com e pela vida, arrebatando todo um povo pelo caminho.

Recordo-a com "With a Little Help from My Friends" (praise the lord!) e a incontornável "Hero":




Rúben

O rapaz das pizzas que veio de Itália para tentar a sua sorte no nosso país, também era a outra aposta segura no lote dos três finalistas. De longe o melhor representante da ala masculina nesta temporada e possuidor do timbre mais bonito, teve um percurso quase sempre pautado por grandes actuações e foi por vezes injustamente criticado, mais pela falta de consenso por parte dos mentores quanto ao tipo de artista que é do que propriamente pelas prestações em si. É o candidato mais completo do trio: canta tudo o que lhe dão e desenvolveu-se notavelmente enquanto performer ao longo da competição. E vendo bem, foi o que superou mais desafios, talvez pela necessidade de provar a si mesmo que merecia estar ali tanto quanto os outros. A meu ver só tem dois obstáculos no caminho à vitória: a ascendência italiana que o "trai" na hora de reunir apoiantes, ou seja, penso que os portugueses preferem ver um dos seus a triunfar do que atribuir a vitória a alguém que veio de fora, e de ter pela frente um bulldozer chamado Kika. A isto acresce a sua primeira estadia no bottom two nesta última gala, que o coloca numa posição menos favorável à conquista do prémio. 

Escolho "Come Together", pelo arraso enquanto performer, e "Somebody to Love" pela competência vocal:





Inês

Se os anteriores eram apostas certeiras, a Inês é a surpresa. Eu pensava que ela era aquele tipo de concorrente que estando uma vez no bottom two, de lá não sairia até quebrar de vez. Qual o meu espanto - e o de todos, presumo - quando não só se esgueira para o top 5, como depois seguiu sempre em segurança até ao top 3. Incrível. Pelo caminho derrotou dois gigantes em popularidade (Mimi e Babel) e esteve entre os dois mais votados na última gala. Significará isto que tem boas hipóteses de arrecadar a medalha de prata? Sabe Deus. Ao longo do programa ouviu constantemente duras críticas relativas à afinação e à escolha do reportório e é certo que comparativamente com os seus colegas, tem poucas actuações para a troca, coesas do início ao fim. Mas isso pouco importa quando alguém como ela chega ao palco e irradia luz, emoção palpável e doçura que se confunde com fragilidade - tem uma presença muito bonita, mesmo. E foi isso que semana após semana me fez prender ao ecrã e desenvolver um enorme afecto por si. Não está preparada para ganhar, mas foi uma das melhores descobertas que o programa proporcionou e dentro de poucos anos ter-se-à desenvolvido numa belíssima artista. É esperar para ver.

Para o seu best of selecciono "Something" (algo cá dentro se ilumina) e "The Power of Love", porque foi das suas prestações mais bem conseguidas:





Olhando para as últimas votações, acho que o cenário será: Kika em 1º, Inês em 2º e Rúben a fechar o pódio. Racionalmente, daria antes a prata ao Rúben e o bronze à Inês. De qualquer forma ficarei sempre contente com o desfecho, desde que termine com a vitória da Kika. E o que tem de ser... tem muita força.

Penso que estas sejam as minhas últimas palavras. Ainda que desta vez a minha visão tenha sido mais contida, gostei imenso desta edição, tecnicamente superior à inaugural e tão boa ou melhor em matéria de talento. Apesar de achar altamente improvável, gostava que houvesse uma terceira em 2015, se bem que o mais certo será que o formato tenha de "respirar". Esgotado não está, mas talvez o voltemos a ver apenas em 2016. Até lá haverão outros para preencher a lacuna, mas nenhum semelhante em termos de espectáculo e apoteose. Foi um prazer, como sempre, até à próxima!

Comentários

  1. Sim, sou eu.

    De facto, grande surpresa na chegada da Inês à final e nesta última gala ainda comeu as papas na cabeça do Rúben. É esta a vantagem de o programa ter baixas audiências, as votações acabam por ser mais imprevisíveis.

    Confesso que não gostei da Inês na primeira audição, até me perguntei se havia algum problema com o som da minha TV perante os elogios do júri. Não me lembro dela na 1.ª fase do bootcamp, mas na decisão final mais uma vez pensei que não fosse passar. Chegaram as galas e, apesar de a categoria das raparigas ser a mais nivelada, se me perguntassem teria apostado na 1.ª gala num B2 Mimi e Inês, com a eliminação da Inês... afinal foi tudo ao contrário.

    A verdade é que ao longo das galas a Inês foi-me conquistando. E fico contente quando isso acontece, não sou de embirrações e gosto que me conquistem. Sinto que ela ainda não está "lá", mas tem imenso potencial e fico contente de vê-la na final. "Crazy in Love" e "Unbreak my heart", as melhores ou pelo menos mais marcantes dela para mim.

    Apesar das votações da última gala, penso que a Inês ficará com o 3.º lugar, o Rúben em 2.º e a Kika em 1.º, embora, por todos os motivos, preferisse de facto um Top 2 feminino, seria bastante diferente. Eu não quero mesmo é que o Rúben ganhe. (Pouco) Secretamente até adorava ver a Inês a triunfar, só pelo melão do feirante vestido à agiota mafioso, aquele homem irrita-me solenemente.

    Infelizmente, não vou poder ver em directo, mas fico a torcer por uma vencedora.

    Como apontamento à última gala, confesso que até tive alguma pena dos Babel, não da eliminação que só pecou por tardia (no próprio vídeo de eliminação, o duo diz basicamente que se vai separar, grande grupo portanto...), mas por serem obrigados a actuar com aquela "coisa". Já agora, o suposto original do D8, como ele e todos apresentaram, é afinal, segundo alguns comentadores e que já tive ocasião de confirmar, original duma boyband coreana chamada "Super Junior"...

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  2. https://www.youtube.com/watch?v=GLHHaquuaN0

    Grande original, né D8ecas merdecas?

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  3. Olá Lourenço, antes de mais queria desejar-te um bom ano :)

    Agora para assuntos mais sérios. Bem, para quem não gosta do rapaz, até que lhe dás muita importância. Aconselho-te a não alimentar ódios, é uma perda de tempo. E peço-te que não entres também no campo dos insultos, fica mal a um rapaz inteligente como tu e é precisamente o tipo de comentários que eu não quero ter no meu blog.

    Não quero estar a defendê-lo, mas a menos que tenhas uma cópia do álbum e possas verificar na "ficha técnica" se o tema em questão foi ou não samplado, não podes troçar da sua originalidade. Também não são exemplos para ninguém, mas sabes que tipos como o Pitbull e o Florida construíram uma carreira à custa da samplagem de temas de mil-nove-e-troca-o-passo que são reciclados de forma a adaptarem-se às novas tendências do panorama musical. Se ele quiser seguir essa via e apresentá-los como originais, desde que respeitando as normas, está no seu direito. Boa sorte.

    Começaste o post muito bem: tinha a mesma opinião relativamente à Inês. Nas primeiras vezes em que apareceu, parecia-me um caso flagrante de oversinging e também não percebia o encanto. Certamente que com o decorrer das galas esse problema foi limado e foi o que se viu, deslumbrante do início ao fim. A mim conquistou-me definitivamente com "One and Only" e rematou agora no final com um "Set Fire to the Rain" que valeu pela vida (mesmo, porque há muito que esperava que alguém a cantasse e acho mesmo que foi uma estreia absoluta na história destes formatos).

    E parece que o "feirante vestido à agiota mafioso" (serious joke ^-^) triunfou, e bem, com a vitória da Queen K. Palpita-me que tenha sido com uns 70%-16%-14% mas nunca saberemos porque estupidamente não revelam as votações. No UK fazem sempre isso no final de cada edição, e adoro que assim seja pois temos a percepção de como evoluíram os gostos do público ao longo da temporada.

    De qualquer forma foi uma grande gala final, cheia de canções fortíssimas, e que culminou com o triunfo da candidata digna da vitória. Parece que o tempo das segundas oportunidades acabou e que as mulheres voltaram a ter uma palavra a dizer na conquista do prémio. Bons ventos de mudança para 2015...

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  4. Bom ano Gonçalo.

    Efectivamente, não gosto do D8, muito menos do que ele representa (não, não estou a falar de rap). Mas com a campanha agressiva que a Sony e a Sic fazem para o impor, infelizmente não tenho a opção de simplesmente ignorá-lo, sobretudo quando ele aparece em programas que eu vejo.

    Deu-me a volta ao estômago pouco depois de ter visto o "feirante" dizer a uma concorrente que era a gala 9 e estava mais exigente que nunca e que ela tinha tido algumas desafinações, para esse, que nem deve saber o que é uma nota musical, lá vieram as habituações bajulações pela confiança em palco, generosidade, emoção (e esta actuação em particular foi uma emoção, foi uma coisa doida), bla bla bla. E é este o tipo de gente que temos à frente das editoras, marmanjos que abusam do poder que têm para promover os "filhinhos".

    Como é óbvio não tenho uma cópia do álbum e que eu saiba também não conheço ninguém que o tenha. Mas na mesma página do Factor X onde esta polémica estalou houve quem deixasse a ficha técnica: http://www.jornalinside.com/noticias.php?nid=8123 E o que se passou aqui não foi samplagem de um instrumental, o instrumental é o mesmo e os compositores estão devidamente indicados, o que se passou é que ele se arroga em exclusivo a autoria da letra, mesmo tendo mantido no mínimo o título e parte do refrão do original.

    Mas tens toda a razão. Eu queria terminar o meu comentário com o link para o vídeo, mas pensei que isto fosse bloquear como spam, como às vezes acontece. Quando vi que não era o caso, pus então o link (em todo o caso, o que queria deixar era o vídeo oficial, como foi partilhado na página do Factor X: https://www.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DW9ZeXx9nZdY&h=tAQEbLdm6) e acabei por deixar a "boca". Podes apagar se quiseres.

    Quanto ao programa, faço um pouco o paralelo entre as duas temporadas do FX com os Ídolos 3 e 4. Os primeiros, sucesso de audiências, grandes concorrentes, carismáticos e com imensos fãs, votações massivas, difíceis de contrariar e, tirando um outro twist, de um modo geral previsíveis. Os segundos, fiasco de audiências, concorrentes menos apelativos, votações diminutas e por isso mais imprevisíveis.

    Como pontos positivos desta segunda temporada do FX, deixo:
    - Cláudia Vieira: embora seja daquelas que para mim recebe mais crédito do que merece numa infinidade de coisas, esteve de facto muito melhor do que estava à espera, soltou-se depois da 1.ª gala e tem uma boa cumplicidade com o Manzarra (ainda assim este formato não precisa de dois apresentadores, nem estes deviam ter tanto protagonismo)
    - Sing-off: na 1.ª edição aquilo era tão ridículo que mais valia nem existir, nesta 2.ª edição melhorou muito este aspecto, com canções escolhidas propositadamente para o efeito e toda a ambiência (infelizmente os mentores parecem continuar a ignorar o que acabaram de ver ou pelo menos não fazem qualquer comentário a esse respeito e como o próprio Simon Cowell já disse na última edição do XF UK, "if it's a sing-off it must be about who has sung better", não digo ser o único critério de decisão, mas não passar de uma formalidade também não)
    - 4 categorias (faz mais sentido assim e o Miguel Guedes foi uma boa surpresa, mesmo tendo perdido um bocadinho na recta final)
    - Produção das galas: sem dúvida uma grande melhoria, longe do original, mas bem superior à 1.ª edição

    Negativamente:
    - decisões pouco profissionais dos jurados: sim, acontece em todo o lado mas aqui foi um exagero, com destaque, como não podia deixar de ser, para a Sónia Tavares, que até da categoria dela deu cabo
    - escolhas musicais: canções algo repetitivas e previsíveis nestes formatos, além de muito mas muito raramente terem cantado em Português
    - performances muito coladas às de concorrentes de outras franquias: que tal um pouco de verdadeira originalidade?

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  5. Vou focar-me apenas na segunda metade do teu comentário.

    Quanto ao paralelo entre Ídolos e Factor X, para mim o primeiro ganhará sempre. A premissa do formato era muito mais concisa: procurava-se um ídolo pop e ponto final. O 'factor x' é muito mais subjectivo e raro de encontrar, mas a diversidade dos candidatos e das categorias é mais apelativa. Mas depois falhava na parte do carisma, o Ídolos como disseste muito bem, era excepcional em encontrar concorrentes carismáticos (mas que depois nem sempre tinham grande voz). O Factor X tem grandes vozes mas não gosto mesmo nada do poder de decisão dos mentores. Em suma, o Ídolos entusiasmava-me mais. Mas olha que a 4ª edição em comparação com a 3ª foi muito fraca, nao teve assim tão boas audiências e os concorrentes eram menos memoráveis. A 3ª sim, foi de sonho.

    Quanto aos teus pontos positivos:

    - Gosto da Cláudia Vieira, acho que é simpática e bonita, mas como apresentadora não dá. A meu ver até piorou comparativamente ao tempo do Ídolos: acho-a mais nervosa e serigráfica. O que é uma pena, porque de facto tem uma boa cumplicidade com o Manzarra e mesmo assim não consegue impôr-se.
    - O sing-off era deveras lamentável na 1ª edição, parecia que nunca estavam preparados para aquela eventualidade. Desta vez houve preparação por trás, tanto da parte da produção como dos concorrentes. Não raras vezes tive vontade de ouvi-los cantar os temas do sing off na sua totalidade, chegavam mesmo a ser melhores do que as prestações na gala.
    - Também gostei do alargamento das categorias, trouxe uma maior diversidade e dinâmica ao programa. Só torci o nariz ao alargamento da faixa etária para que as crianças pudessem concorrer. Depois foi o que se viu.
    - A produção foi fantástica, como já tinha referido em posts anteriores. A haver uma 3ª edição espero que mantenham a competência.

    Quanto aos pontos negativos acho que já respondi de certa forma: a presença das crianças e o excessivo poder de decisão dos mentores, que retira a soberania ao público e apenas inflama ânimos. Ah e claro, o total desprezo dado nesta edição à música portuguesa, apenas representada em 3 canções ao longo de todas as galas. Em termos de previsibilidade e originalidade, não me posso queixar muito, já houve piores. Acho até que foi das edições portuguesas mais originais que vi nos últimos anos.

    Não vejo como nos poderemos alongar muito mais no assunto (quero dizer, poder até podíamos, mas ficávamos aqui mais 3 meses), por isso aproveito a oportunidade para te agradecer o extenso rol de comentários com que me presenteaste a mim e ao blog. Não deixa de ser curioso, porque logo na edição de um talent show em que decidi abrandar o ritmo e ser um comentador mais passivo, apareces tu a comentar afincadamente, como nunca antes tinha acontecido. Obrigado por teres tornado tudo mais entusiasmante e desafiante também :)

    Espero que me continues a visitar de vez em quando e que possas aparecer numa próxima ocasião!

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  6. Sim, vou ver se apareço.

    Se calhar não me expliquei bem. O que eu queria dizer era que a 1.ª e a 2.ª séries do Factor X espelha um pouco o que passou com o Ídolos 3 e 4.

    Portanto, de um lado o Ídolos 3 e Factor X 1, sucesso de audiências, grandes concorrentes, carismáticos e com imensos fãs, votações massivas, difíceis de contrariar e, tirando um outro twist, de um modo geral previsíveis. Do outro lado, o Ídolos 4 e Factor X 2, fiasco de audiências, concorrentes menos apelativos, votações diminutas e por isso mais imprevisíveis (embora o FX 2 tenha também tido uma vencedora anunciada). O Factor X 2, ainda assim, trouxe uma melhoria a nível de produção em relação ao antecessor, o que não me lembro de ter acontecido no Ídolos 4.

    Há certos "chicos espertos" que irão dizer que o Ídolos e o Factor X não têm nada a ver. Eu acho que só a embalagem muda um pouco, no fundo a essência é a mesma e o resto é conversa. O que acaba por distinguir mais o Factor X a meu ver é mesmo a participação de grupos e de concorrentes mais velhos.

    Aliás, não sei se sabes mas o criador do "Pop Idol" processou o criador do "X-Factor", que acabou por transação das partes: http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/4482216.stm http://www.bbc.com/news/entertainment-arts-21988416

    O poder de decisão dos mentores não faz o menor sentido num programa em que eles próprios de certa forma competem (faria sim um pouco mais de sentido no "Idol"). E acho que só se pode explicar, ou como mais uma forma de diferenciar o "X-Factor" do "Idol", ou como mais um elemento para gerar polémica e por conseguinte "buzz" à volta do programa.

    A 1.ª edição do Factor X foi mesmo dos maiores exageros de poder do júri, não só o tiveram até antes da final (na maioria das versões o voto do júri desaparece quando se entra no Top 5) como também era só 3, por isso não podia haver empate e reversão para a votação do público.

    Um aspecto que o Factor X tem conseguido melhor do que o Ídolos no nosso país é o início de carreiras após o programa. Todo o Top 6 da 1.ª edição ou já tem ou vai ter álbuns.

    E acaba por ser uma surpresa em relação às Cupcake, eu até gosto delas mas parece-me que elas não têm grande base de fãs (a diferença de "barulho" do público dos Aurora para elas no início desta última gala chegou a ser um bocadinho constrangedora). E este tema que elas apresentaram também me pareceu muito banal (sinceramente acho que o grupo era mais interessante e original antes das galas, quando ainda eram "Helis & Ela").

    Melhor de facto estiveram os Aurora. Eles para mim sempre foram um bocadinho "hit or miss" no programa, tanto apresentavam versões que eu gostava imenso como tinham outras que eu não gostava nada (embora "Homem do Leme" e "Sete Mares" tenham sido das minhas actuações preferidas em toda a 1.ª edição). Mas este novo tema achei mesmo muito interessante, original e ficou-me na cabeça.

    Uma coisa


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  7. Ah ok, assim a tua analogia faz mais sentido. A única diferença é que enquanto o Factor X ainda vai na sua primeira encarnação, o Ídolos já ia na sua segunda e ainda teve uma terceira, que em termos de produção foi fabulosa. De concorrentes nem tanto, mas ainda assim ligeiramente melhores que os da 4ª temporada.

    Eu acho que a essência de todos os talent shows é a mesma. Vão-se renovando, evoluindo e adaptando novas regras, mas o propósito é sempre o de revelar novos talentos ao país. Como dizes e bem, o que os diferencia é a forma como são vendidos. A nível internacional parece-me que actualmente o formato Idol está a perder gás e não tardará muito até ser descontinuado. Nos EUA é o The Voice (já agora, gostas desse?) quem mais ordena e no UK só há espaço para o X Factor. O resto do mundo penso que também aposta maioritariamente nesses dois formatos que são mais apetitosos e rentáveis.

    Voltando aqui ao do nosso burgo: penso que só há 3 ex-concorrentes que têm álbuns editados (D8, Berg e Freitas). Ouvimos agora os primeiros inéditos dos Aurora e das Cupcake, mas ainda não editaram o álbum, e continuamos à espera de notícias da Mariana. Mas sim, é capaz de ser já a edição em que mais concorrentes iniciaram carreira pós-programa.

    Olha eu fiquei agradavelmente surpreendido pelos originais dos dois: as Cupcake seguiram o caminho que lhes foi impingido, que era fazer delas as Little Mix nacionais, e a avaliar por este inédito, parece ter sido uma boa decisão.Também gostava mais delas na versão "Royals" ou "Dog Days Are Over", mas se é para seguir a rota da pop, então estão a fazer tudo bem. Os Aurora sempe tiveram uma base de fãs mais extensa, por isso era expectável o decréscimo do ânimo de um para outro. Comecei por gostar deles nos casting (quando tinham um nome muito mais bonito), detestei quando começaram a dar-nos sempre o mesmo registo nas galas e lá mais para o fim recuperaram-me quando deixaram de querer agradar às miúdas e passaram a fazer música a sério. É muito interessante esta ideia deles de honrar o cante alentejano e fundi-lo com a sua identidade pop/rock. É uma ideia ousada, mas que funcionou incrivelmente bem.

    Agora é só esperar pela futura fusão ragga pop dos Babel. Just kiddin :)

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  8. (Passámos o recorde dos 6 comentários, yay!)

    Isso dos Babel não vai acontecer, eles logo na eliminação disseram basicamente que iam seguir caminhos diferentes. Como eu sempre disse, aquilo não passava de um pseudo-grupo. Entretanto, eles lá devem continuar mais uns tempos a fazer de dupla com a tal tournée (que, a julgar pelas audiências do programa, não espero grande sucesso, mas logo se verá).

    Sim, foram esses três, com conceitos e sucesso também díspares. O Freitas com um álbum só de covers e que vendeu relativamente bem. O Berg com um álbum de originais, uns em Português outros em Inglês, mais o cover de Chuva, que é o mais recente dos três mas também o que mais vendeu, mesmo não sendo um sucesso por aí além. E por fim o meu caro amigo do swag, com um álbum de originais (or whatever), que foi o mais publicitado mas também o que menos vendeu.

    A Mariana está a gravar um EP e os Aurora um álbum. As Cupcake não sei ao certo.

    Com estes primeiros temas apresentados, ambos os grupos se mantiveram fiéis ao percurso que traçaram no programa e ao público que conquistaram durante esse trajecto e isso é positivo.

    Acho que os concorrentes desta 2.ª edição vão ter muito mais dificuldade em desenvolver carreiras depois do programa. E saber que a Kika FX (já há outra cantora com o mesmo nome) foi actuar naquela pimbalhada do Domingo (?) à tarde desde logo também não augura nada de bom.

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  9. Esqueci-me de dizer que embora já tenha visto partes de várias versões de "The Voice", nunca acompanhei realmente nenhuma. Mas tenho a impressão que o programa nunca lançou realmente ninguém como outros programas, pelo menos cá e nos grandes mercados (EUA/UK).

    Os talent shows estritamente musicais que acompanhei foram só mesmo:

    Ìdolos 3 e 4
    American Idol S11 e S12
    Factor X 1 e 2
    X-Factor UK S3, S4, S5, S7, S8 e S9
    X-Factor US S2
    Operação Triunfo 1

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  10. Ahah e em breve quebramos o total de sempre! (está em 11, julgo).

    Por acaso achei muito interessante essa ideia da tournée, tendo em conta as fracas audiências. Teria feito mais sentido com a edição passada. Mas se eles pensam ter as condições reúnidas, força aí. Melhor para os concorrentes. Lembro-me que com o Ídolos 3 também fizeram o mesmo e foram bem sucedidos.

    Os da 1º edição estão muito bem encaminhados mas duvidos que oiçamos falar de todos passados 5 anos. Nestas da 2ª, apenas acho que a Kika, Rúben e Mimi vão singrar, na medida em que há público para eles. Por muito que goste da Inês, não a vejo a ter apelo suficiente para se lançar a solo. Quanto à presença da Kika em programas menores, creio que não belisca minimamente a sua integridade, desde que os faça na estação onde nasceu. Felizes dos que a ouviram e puderam apreciar uma verdadeira artista num ror de fast food musical. É normal que a estação agora a queira promover ao máximo, seja nos programas da manhã ou tarde. Ela não se perde :)

    Humm, essa dieta de talent shows diz muito acerca dos teus comentários... agora percebo a tua exigência e criticismo. Apesar de estar a par dos vencedores e figuras mais míticas das versões estrangeiras, tento distanciar-me ao máximo delas porque tenho receio de me afeiçoar demasiado aos concorrentes. Tal como acontece com os nossos. Depois são demasiadas saudades e desgostos para suportar...

    Bem, mas tens uns historial impressionante de X Factor e acho que acompanhaste as edições mais memoráveis: quão espectacular deve ter sido assistir ao despontar da Leona Lewis e da Alexandra Burke! Bem, para a troca aqui tens o meu:

    Ídolos 1, 2, 3, 4 e 5
    Operação Triunfo 1, 2, 3 e 4
    Factor X 1 e 2
    A Voz de Portugal (2011), The Voice Portugal (2014)
    Rising Star

    Devias mesmo acompanhar uma edição inteira do The Voice, é espectacular em qualquer versão. A última edição portuguesa foi absolutamente extraordinária, se puderes dá uma espreitadela aos posts que fiz acerca dela. Só acho que é um formato muito cruel: colecciona imensas boas vozes e depois manda-as para casa às dúzias, sem dó nem piedade. Para teres uma noção, nesta última edição portuguesa tivemos 12 programas de castings/eliminatórias e só 5 galas ao vivo - é completamente anti-apoteótico para o espectador e cruel para os concorrentes. Mas as audiências foram muito boas e reanimaram a estação pública. Acho que já se fala de uma nova temporada de adultos para esta Primavera, espero que se confirme.

    Quanto à incapacidade de lançar artistas, penso que não seja uma dificuldade específica do formato, mas sim de qualquer talent show actual. Se olharmos para as últimas edições do American Idol, X Factor (UK/EUA), nenhum deles lançou artistas à escala mundial. O último vencedor bem sucedido do Idol foi o Phillip Phillips (que mesmo assim já está com dificuldade em manter-se à tona) da S11 e do X Factor UK foram as Little Mix (não conto com o James Arthur porque já se desgraçou entretanto).

    Relativamente ao The Voice EUA destaco a Cassadee Pope, Danielle Bradbery e RaeLynn como tendo tido algum impacto pós-programa e na versão do UK a Leah McFall e a Becky Hill. Em Portugal temos o Rui Drummond (ok, veio da OT mas foi no The Voice que relançou a carreira) que passado umas 3 semanas da vitória já tinha um álbum cá fora e ainda continua em alta.

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  11. Quebremos então!

    Eu sou amigo duma rapariga que era fanática pelo Ídolos 3, ia assistir a quase todas as galas e estava sempre por dentro de tudo o que se passava. Na altura, lembro-me que ela me disse que a tour foi um sucesso nos primeiros espectáculos, mas foi caindo gradualmente e nos últimos já estava quase às moscas. Pelos vistos, a primeira edição também teve umas noites "Factor X", uma em Setúbal com o Top 5 menos Mariana e outra na Ovibeja com Berg, D8, Cupcake, Diogo, Sara e Jair (os Aurora também deram um concerto no mesmo evento mas à parte).

    Nunca se sabe o que vai acontecer, ainda menos quando se metem considerações pelo meio que de lógica comercial nada têm...

    De facto, foi muito bom acompanhar todo o percurso de ambas e de outros concorrentes e as edições delas foram das poucas em "talent shows" que ganharam as minhas preferidas.

    O programa britânico consegue criar toda uma ambiência épica, que infelizmente a versão portuguesa não esteve nem perto de reproduzir. E além disso, sabes que quem de lá sai poderá realmente vir a ter sucesso numa das indústrias musicais mais bem oleadas do mundo. Ainda assim, e a par das críticas que já fiz a vários elementos anteriormente e que mantenho, vejo muita gente a escrever parvoíces do género "quem sai destes programas lá fora tem logo um monte de contratos milionários" (não, a maior parte acaba em musicais ou em reality shows), "lá fora é tudo grandes vozes, lá os de cá nem das audições passavam" (Wagner anyone? a nível de talento, no geral, não vejo uma discrepância assim tão grande e os melhores vozeirões de "cá" não ficam atrás dos de "lá"), "só em Portugal é que há estas injustiças" (deve ser... a título de exemplo, ver o já referido Wagner e o seu 6.º lugar).

    Em teoria, o "The Voice" seria algo que eu gostaria de ver, mas na prática acabou por nunca me chamar muito. Talvez por estar tão habituado ao formato do "Ídolos" e "Factor X".

    Cassadee Pope, já ouvi o nome, mas não conheço nenhuma música. Até podem ter algum sucesso, mas o formato, tanto quanto sei, nunca lançou verdadeiras estrelas à escala global como a grande Kelly Clarkson no "Idol" ou os vermes (Sónia Tavares TM) One Direction no "X-Factor".

    Por cá, o Rui Drumond também sei que lançou só um álbum com os covers que cantou no programa (como o José Freitas) e vendeu ao nível do D8, portanto pouco e menos do que os outros dois álbuns de ex-Factor X. A ver vamos daqui para a frente.

    "Rising Star" ainda menos me chama. Nunca veria a versão portuguesa, desde logo porque não suporto aquele Pedro Teixeira e em segundo porque é na TVI, o canal em que a não continuidade de concorrentes de talent shows é uma certeza (a não ser que seja para entrar numa novela).

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  12. Hey Lourenço, ainda não é desta que vamos quebrar o recorde. Parece que afinal está em 15... Mas pelo menos estabelecemos um novo: o de maior nº de comentários numa conversa a dois :)

    Pelo que leio na imprensa internacional, também tenho a impressão de que a maioria dos concorrentes estrangeiros acaba em musicais (menos mal) ou reality shows (decadente). Outros ainda lhes é dada a oportunidade de gravarem um disco, mas se não têm logo sucesso, são rapidamente descartados. Saberás dizer melhor do que eu, mas acho que os seguintes (vencedores à parte) são os únicos que ainda hoje têm sucesso: Olly Murs (S6), Rebecca Ferguson, One Direction, Cher Lloyd (?) (S7), Union J, Ella Henderson (a triunfar actualmente nos EUA) (S9) e quanto às últimas 2 temporadas, ainda é cedo para saber.

    Esqueci-me de acrescentar no meu historial destes formatos o da 'Família Superstar' da SIC. Até tinha uma premissa interessante e ainda revelou umas quantas vozes que hoje se mantêm no circuito. Mas não me parece que vá ser recuperado pela estação. Tal como o 'Rising Star' tão cedo não voltará à antena. Por isso acho que nos próximos tempos (e quiçá no ano inteiro) teremos apenas o The Voice.

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  13. Para ser sincero, não tenho acompanhado assim tanto as carreiras pós-programa. Mas sempre se vai sabendo umas coisas.

    Os únicos que eu considero como tendo conseguido verdadeiro sucesso internacional são One Direction (...), Leona Lewis e Little Mix. Se bem que nos últimos tempos a Leona tem estado mais na obscuridade e as Little Mix também não são um sucesso por aí além.

    Depois existem mais uns quantos que, não tendo verdadeiramente sucesso à escala global, se vão safando, sobretudo no UK. A essa tua lista importa acrescentar também JLS e Diana Vickers.

    Entre esta segunda categoria de ex-X-Factor temos situações muito diferentes. O último álbum do Olly Murs por exemplo ainda chegou a n.º 1 no UK, mas artistas como a Cher Lloyd e Union J nunca tiveram grande sucesso, são basicamente flops que foram conseguindo novas oportunidades, mas mais tarde ou mais cedo devem acabar por desaparecer completamente (e eu até gosto bastante da Cher, já deles... LOL!)

    A vencedora da S10 também teve um dos álbuns mais bem sucedidos entre todos os ex-X-Factor, mas lá está, só no UK. De qualquer forma, bem mais sorte teve que o desgraçado James Arthur, que acabou por não passar dum one-hit wonder (no caso dele, melhor "one-cover wonder").

    A título de curiosidade, deixo também estes links:

    http://www.buzzfeed.com/smackgowan/18-x-factor-uk-contestants-from-auditions-to-musi-g1b9#.iuRLo9E6Gl

    http://www.telegraph.co.uk/culture/tvandradio/x-factor/10277208/X-Factor-finalists-where-are-they-now.html?page=02657614

    Já os finalistas do X-Factor US, pronto, penso que a grande maioria das pessoas fora dos States os brindaria com um "who are you people?"

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  14. Eu até gosto das Little Mix, parecem-me a girlsband mais decente dos anos 10. Todas sabem cantar, dançar e têm já uma sonoridade bastante vincada algures entre uma pop bastante ritmada com forte apelo R&B. Têm um enorme potencial e só as vejo a tornarem-se maiores a cada novo álbum.

    Não referi os JLS porque já terminaram e a Diana Vickers (que até foi parar ao espaço dos 'Magníficos') também se desgraçou ao segundo álbum, beneficiando apenas do impacto pós-programa. Lol @ "one-cover wonder". Nem eu diria melhor.

    Quanto ao X Factor US parece-me que já temos um camisola amarela, ou cinco neste caso: as Fifth Harmony, que já começam a surgir nas tabelas internacionais e lançam em breve o 1º álbum. Ainda não simpatizo muito com elas, acho que têm talento mas estão longe do caminho certo. Levam 10-2 das Little Mix.

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  15. Eu também não desgosto das Little Mix. Embora haja lá uma que tem um visual que em todos os vídeos me chama sempre a atenção pelos piores motivos. Mas algumas canções delas "ouvem-se".

    Essas 5th Harmony é que não me suscitam interesse nenhum. Em nada. Isso tudo cheira-me a hype arranjado pela editora, mas palpita-me que vem aí flop e não vai ser pequeno.

    O que se nota tanto nos X-Factor UK e US como no português é que quem consegue maiores oportunidades de carreira depois do programa não é quem ganha nem quem tem mais talento, mas sim quem o(s) jurado(s) que est/a/estão à frente da(s) editora(s) prefere(m), nem que seja por simpatias puramente pessoais. É triste e uma negação do próprio conceito do programa.

    E agora que estamos mesmo mesmo a quebrar efectivamente o recorde de comentários, noto que vem aí o Ídolos 6. Alegadamente começa na SIC já em Abril. Confesso que de momento não estou muito entusiasmado para ver.

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  16. Agora sim estamos a quebrar o recorde com este 16º comentário *wohooo*

    As Fifth Harmony nem se deram muito mal, estrearam-se no top 5 da tabela de albuns dos EUA. Mas sim, grande parte do entusiasmo que anda em torno delas é exagerado. Ainda está para nascer a próxima grande girlsband americana desde as Pussycat Dolls (que na volta eram mais Nicole Scherzinger and the Amazing Hot Dancers).

    Pois é, devo ter sido a única pessoa a ficar contente com o regresso do Ídolos. Estrategicamente é uma parvoíce porque perderá sempre para a TVI, mas acho que por existir há tanto tempo em carteira, se torna económico para a SIC voltar a apostar nele. Pessoalmente agrada-me muito pois é o formato do qual guardo melhores memórias e sempre tive uma réstia de esperança que algum dia voltasse. Acho que ninguém esperava era que fosse agora. Assim é quase certo que o Factor X não voltará este ano e o The Voice na RTP poderá ser atrasado para Setembro, para evitar o confronto directo.

    Eu acho que lhe devias dar uma hipótese. Devíamos todos, aliás. A última vez que o formato esteve tanto tempo parado foi de 2005 para 2009 e depois deu-nos a melhor edição de sempre. Se não mudar de produtora, continuará a ser superiormente produzido. E, atenção, desta vez não teremos o Moura dos Santos ao leme, logo toda a dinâmica do programa mudará. Podemos estar a falar de um renascimento, até. O que ninguém lhe tira é o carácter histórico: um formato com 12 anos de existência que é renovado para uma 6ª edição é algo de inédito na televisão portuguesa. Nem o Chuva de Estrelas (consultei agora na wikipédia que teve 7 edições em 7 anos) se pode orgulhar de tal.

    Em suma, é uma aposta estúpida mas corajosa. Cá estarei para aplaudir o regresso.

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  17. O grande problema é que o nosso país não tem assim tanta gente com qualidade suficiente para alimentar todos estes programas. Perante a overdose recente de talent shows, espero um casting fraquinho no Ídolos 6.

    Além disso, a diferença para o "Factor X", sobretudo na fase das galas, é mínima. Acho que o público neste momento está saturado destes formatos.

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  18. É verdade, não nos podemos equiparar à densidade populacional do UK e EUA, mas talento haverá sempre. Dizia o mesmo quando o The Voice Portugal estava em antena e a TVI decidiu emitir o Rising Star, que ainda assim teve uns 4/5 concorrentes excelentes. E depois tivemos o ultimo Factor X que não ficou a dever muito ao primeiro. Por isso não parto para esta edição de Ídolos com esse argumento em mente.

    Já enaltecemos as diferenças em comentários anteriores e olha que até são evidentes: não há mentores, apenas jurados; a decisão cabe sempre ao público (os jurados só têm um wildcard para gastar); são os concorrentes que escolhem os temas que vão cantar, o número de finalistas é mais reduzido (15 na primeira gala, 10 à segunda) e as suas idades compreendem os 16-27. E nenhum outro bate o Ídolos em termos de suspense/apoteose.

    Penso que para o público já não há nada que o entusiasme, daí que fuja para o Cabo. Talvez precisemos de uma mudança de hábitos: formatos de grande entretenimento durante a semana, séries e novelas ao fim de semana, o que faria de mim um programador de conteúdos revolucionário MUAHAHA

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