Britney Spears, A Lendária Princesa da Pop- A Fama Precoce

Primeiro de uma série de posts dedicada à vida e obra de Britney Spears.

 
Não me lembro do mundo sem Britney Spears. Parece uma afirmação tola, uma vez que eu tinha cerca de 7 anos quando ela apareceu. Ou talvez não. Isto porque antes dessa idade tudo o que está para trás não passam de memórias fotográficas e lembranças algo disconexas que o tempo teima em apagar. Quero com isto dizer que conheço Britney Spears desde que me lembro de ser gente.
 
Cresci a aprender que era um nome importante. Daqueles que todos decoram e ninguém esquece. De quem todos falam e não deixam ninguém indiferente. Mas fazia lá eu alguma ideia de quem ela era? Nenhuma, praticamente. O mundo da música era ainda demasiado complexo para que eu percebesse.
 
Apaixonada desde muito cedo pelas luzes da ribalta, Britney Spears só podia ter dado em artista. Entre competições de talento, aulas de dança e canto, inúmeras audições, a participação em programas televisivos (aos 11 anos aparecia no The Mickey Mouse Club onde Justin Timberlake e Christina Aguilera também fizeram escola) e a entrada numa girlsband, seria apenas aos 16 anos, após ter batido à porta de inúmeras editoras, que Britney conseguia o seu primeiro contrato discográfico a solo.
 
Estávamos em Novembro de 1998 quando uma rapariga de tótós vestida com um uniforme colegial e de ar aparentemente inocente cantava candidamente "hit me baby one more time", como quem pede licença para entrar na nossa vida. De facto entrou - e nunca mais saiu desde então.
 
A 19 de Janeiro de 1999 era lançado o seu álbum de estreia, ...Baby One More Time, antecedido pelo já referido tema com o mesmo nome, e deu-se um fenómeno sem precedentes: tanto o disco como o single voaram disparados para o lugar cimeiro das tabelas mundiais com vendas astronómicas até para a própria época. O single veio a vender 10 milhões de cópias e redefiniu a pop do final do século, enquanto o álbum se tornou no disco de estreia mais vendido de todos os tempos, com 30 milhões de cópias facturadas.
 
Num abrir e fechar de olhos, Britney tinha-se transformado na nova coqueluche da pop adolescente, impondo-se num meio que até então era dominado pelos homens, nomeadamente pelas boysband (Backstreet Boys, 'N Sync e afins), que reinavam entre os jovens.
 
Depois de uma vida inteira a procurar o estrelato, Britney Spears tinha finalmente alcançado o seu sonho. Com 17 anos, um álbum de estreia muito bem sucedido e um par de singles de sucesso desmedido, estava pronto para conquistar o mundo. E não tardou muito até o conseguir.
 

Os meus singles favoritos

 
20º "I Love Rock 'N' Roll", Britney (2001)
 
Começamos esta contagem decrescente por aqueles que considero ser os melhores singles de Miss Spears com a sua infame versão de um clássico rock dos Arrows, popularizado por Joan Jett e que de tantas críticas foi alvo. Britney transformou-o num tema descaradamente pop e dançável e serviu-o com um vídeo sedutor e com alma de rock star. Haverá mal algum nisso? Obviamente que não.
 


19º "(You Drive Me) Crazy", ...Baby One More Time (1999)

Recuperemos o 3º single do seu álbum de estreia, com a mesma fórmula pop vencedora descoberta por Max Martin em "...Baby One More Time". Aqui Britney, em pleno início de carreira, tinha muito a provar e nada era deixado ao acaso: o cenário, guarda-roupa, a multidão de figurantes e, sobretudo, uma complexa sequência coreográfica que se tornaria prática comum em todos os seus vídeos. Era o protótipo ideal de estrela pop.



18º "Oops!... I Did It Again", Oops!... I Did It Again (2000)

Haverá lá sequela mais apropriada que esta para uma carreira que à época se tornava maior a cada dia que passava? O nome não engana e o 1º single do seu 2º álbum, novamente produzido por Max Martin, esteve à altura das enormes expectativas que o mundo tinha depositado em Britney. Fazendo jus ao estatuto inter-planetário da cantora, o vídeo passa-se em Marte e ficou eternizado pelo macacão vermelho de látex. Ela bem que avisou: "I'm not that innocent!".
 

 

Os meus álbuns favoritos


...Baby One More Time (1999)

Não lhe chamarei propriamente favorito porque nem sequer o ouvi do início ao fim, mas não hajam dúvidas de que é absolutamente incontornável, não só porque assinala o início de um percurso fantástico como ainda é considerado o grande culpado pelo revivalismo da pop adolescente que se iniciou no final do século passado. Musicalmente falando é muito limitado e pouco interessante, mas deixava antever uma carreira auspiciosa, logo aqui já marcada pelo condão de Max Martin. Veio a ser nomeado para os Grammy Awards e vendeu uma quantidade abismal de cópias - 30 milhões.
Singles: "...Baby One More Time", "Sometimes", "(You Drive Me) Crazy", "Born to Make You Happy" e "From the Bottom of My Broken Heart".
 
Oops!... I Did It Again (2000)
 
Pouco mais de um ano após a estreia, chegava o 2º capítulo, já com o mundo a seus pés. Ligeiramente mais maduro, confiante e bem menos inocente, Oops!... I Did It Again viu-a atingir o estatuto de mega-estrela pop e a quebrar mais uns quantos recordes de vendas - 24 milhões de cópias vendidas explicam o porquê. A Max Martin juntaram-se mais produtores de renome e o resultado foi bastante mais coeso que o disco anterior e promissor na forma como apontava novos caminhos. Ainda estava longe do patamar de excelência a que chegaria anos mais tarde, mas pelo menos começava a quebrar as barreiras em torno daqueles que não se queriam render às evidências.
Singles: "Oops!... I Did It Again", "Lucky", "Stronger" e "Don't Let Me Be the Last to Know"
 
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