Odisseia Musical: 2008, Admirável Mundo Novo- Parte III

Antes de nos despedirmos de 2008, olhamos para as figuras centrais que mais ajudaram a definir o ano: Britney Spears, Coldplay e Rihanna.

Britney Spears teve um ano, no mínimo, peculiar. No primeiro semestre, ainda em plena fase caótica e de inúmeros dramas pessoais, prosseguiu a campanha promocional de Blackout (sabe Deus como) e assinava com o lançamento de "Piece of Me" e "Break the Ice" dois dos momentos mais interessantes da sua carreira. Meses mais tarde, qual volte-face, começou a dar sinais de recuperação nos VMA's, ao ganhar tudo o que havia para ganhar, e num abrir e fechar de olhos estava a protagonizar um regresso triunfal das cinzas, assinalado com a edição de Circus, o seu 6º álbum de estúdio. O retorno à boa forma fazia-se ao som de "Womanizer" e do tema-título, que lhe devolveram o ceptro de Princesa da Pop.
Os Coldplay editaram Viva la Vida or Death and All His Friends e tornavam-se na maior banda do mundo. Com a preciosa ajuda de Brian Eno e graças a uma expansão sonora que os levou por novos e entusiasmantes territórios musicais, assinaram a obra discográfica mais sólida da sua carreira e alcançaram de novo um sucesso retumbante nas tabelas. "Violet Hill", "Viva la Vida" ou "Lost!" foram as novas adições, épicas e grandiosas, a uma já vasta colectânea de êxitos.
Rihanna tornava-se maior a cada dia que passava. Embalada pelo estrondoso sucesso do seu 3º álbum, reeditou-o sob a desginação Good Girl Gone Bad: Reloaded, e acrescentou um par de canções inéditas que viriam a emular o êxito dos anteriores singles: "Take a Bow" e "Disturbia". A comprovar o seu estatuto de estrela em ascensão, estava o facto de cada vez mais ser requisitada para colaborações. Nesse mesmo ano deu voz a "If I Never See Your Face Again" com os Maroon 5 e esteve ao lado de T.I em "Live Your Life". Esteve absolutamente imparável.
Gosto de pensar em 2008 como tendo sido um ano all-star: assitiu-se a uma grande concentração de estrelas de vários géneros, feitios, idades e para todos os gostos. Daqui em diante tudo seria diferente - a música mudou para pior e um novo paradigma estava à espreita no horizonte. E eu com um blog recém-criado em mãos, com muito para dizer e sem saber como o fazer. O final da década prometia e muito.

Os temas que mais me marcaram

3º Britney Spears- "Break the Ice", Blackout

É capaz de ser o tema mais subestimado da carreira de Britney Spears e que ironicamente acaba por estar entre os seus melhores. Pedaço avant-garde de electro-R&B com influências de rave e crunk, "Break the Ice" teve o azar de ter sido editado numa altura caótica para a Princesa da Pop e não teve o suporte promocional necessário para se tornar num sucesso. O vídeo foi idealizado em forma de anime e baseado na super-heroína de "Toxic". É um dos meus temas favoritos de Britney.



2º Coldplay- "Viva la Vida", Viva la Vida or Death and All His Friends

Grande clássico dos Coldplay, muito provavelmente "o" seu tema de assinatura. Lembro-me perfeitamente que, quando o ouvi pela primeira vez, tive uma sensação indescritível, algo transcendente, e atingiu-me de uma forma única. Repleto de uma beleza e grandiosidade instrumental e de umas quantas referências bíblicas, proporcionou à banda o seu maior hit de sempre.  



1º Rihanna- "Disturbia", Good Girl Gone Bad: Reloaded

Sabem aquela canção que vos fica a pairar na cabeça durante meses a fio? Pois agora imaginem essa situação aplicada a um melómano e ampliada umas 1000 vezes. No Verão de 2008, "Disturbia" ia-me levando à loucura: achava-a perfeita a todos os níveis e não havia momento nenhum em que não ecoasse nos meus ouvidos. Electropop infecciosa, um vídeo para lá de fenomenal e uma Rihanna cada vez mais letal, ajudam a explicar o porquê.



Os álbuns que mais me marcaram

2º Beyoncé- I Am... Sasha Fierce

De um lado a Beyoncé mais tradicional, à base de baladas e R&B contemporâneo e imaculado. Do outro o seu suposto alter-ego em palco, a fogosa e destemida Sasha Fierce, demarcadamente mais agressiva e influenciada por uma pop mais dançável. Foi esta a premissa do 3º álbum de estúdio da cantora que tanto confundiu o público e a crítica, mas que se assinalou novo êxito estrondoso para Miss Knowles, muito por culpa da força dos seus singles, autênticos hinos geracionais que a elevaram ao topo do campeonato pop e a tornaram na artista feminina mais bem-sucedida da década.
Este é o álbum de: "If I Were a Boy", "Single Ladies (Put a Ring On It)", "Diva", "Halo", "Ego", "Sweet Dreams", "Broken-Hearted Girl" e "Video Phone"

1º Britney Spears- Circus

Um ano depois de, em plena fase tumultuosa, ter assinado com Blackout a aventura mais excitante da sua carreira, Britney Spears regressava à boa-forma com um disco bem menos comandado pela electrónica e mais formulaico, assente numa pop certinha destinada ao circuito mainstream e com o objectivo de reconquistar o título de Princesa da Pop, algo que conseguiu, muito por culpa dos produtores que com ela trabalharam: Dr. Luke, Max Martin, Guy Sigsworth ou Bloodshy & Avant. Graças a Circus voltei a apaixonar-me por Britney Spears, de quem andava um pouco distante, e o certo é que hoje em dia ainda o oiço bastante. Talvez porque me relembra o porquê de gostar tanto dela.
Este é o álbum de: "Womanizer", "Circus", "If U Seek Amy" e "Radar"

Termina aqui a Odisseia Musical referente a 2008. Prosseguimos para a semana, ao entrarmos em 2009 e conhecermos novos pormenores desta história iniciada há 6 meses atrás.

Passem pelo facebook do Into the Music para saberem as últimas novidades do blog.

Comentários

Mensagens populares