10 anos de Rihanna em 30 hits- IV
Os hits
13º "Hard", Rated R
- 2º single do disco (10 de Novembro, 2009)
- nº8 nos EUA (2x platina) e nº42 no UK
- 103 milhões visualizações YouTube
They can say whatever, I'ma do whatever, no pain is forever. Teria sido mais viável para Rihanna emergir do ataque de Chris Brown como vítima, mas há sempre algo de mais excitante em ver uma transgressora em acção. Fora o flirt dubstep de "Wait Your Turn" e "G4L", "Hard" é o primeiro momento baddest bitch de RiRi com o mundo inteiro a assistir, impetuoso banger hip hop sem pecados na culpa servido com a aspereza de quem chegou ao topo e tudo fará para de lá não sair, cortesia de um Tricky Stewart que dois anos antes lhe havia dado um majestoso "Umbrella" à prova de raios. Alta-costura militar, tanques de guerra, tropas, balas, explosões e um lema para a vida - that Rihanna reign just won't let up.
12º "Man Down", Loud
- 5º single do disco (3 de Maio, 2011)
- nº1 na França e Suíça, nº54 no UK e nº59 nos EUA (2x platina)
- 341 milhões visualizações YouTube
É tão fácil esquecermo-nos do verdadeiro significado desta canção, de tal modo que até dói um bocadinho quando voltamos à história do vídeo e recordamos que "Man Down" não entra propriamente para a lista de hinos de achincalhamento à ala masculina. É sim uma história de violação e consequente repulsa da vítima transformada em homicida do seu próprio agressor, cantada por alguém que viveu uma situação semelhante e tem a visibilidade (e coragem) necessárias para a poder expressar por palavras e imagens. As origens insulares de Rihanna estão muito bem representadas nesta composição de electro-reggae adornada pelo seu acentuado sotaque caribenho, a proporcionar um dos momentos mais memoráveis e fortes de Loud.
11º "FourFiveSeconds", 8º disco
- 1º single do próximo disco (24 de Janeiro, 2015)
- nº1 na Austrália (3x platina), Dinamarca (platina), Nova Zelândia (2x platina), Suécia (3x platina), Irlanda, Israel, Noruega e Eslováquia, nº3 no UK (platina) e nº4 nos EUA (2x platina)
- 259 milhões visualizações YouTube
Foi (e continua a ser) o primeiro indício de alguma coisa maior, ainda incógnita mas tremendamente especial. E não dá para olhar para esta canção sem uma sensação de assombro e orgulho ao constatar o quão longe Rihanna chegou em apenas 10 anos: a rapariga da ilha perdida no mar das Caraíbas, tantas vezes acusada de ser uma estrela pop "ordinária", "vocalmente limitada" ou "sem talento", a entregar uma das melhores canções do seu percurso ao lado do maior génio do séc. XXI e de uma das maiores lendas vivas à face da terra. Pode ter imposto a sua presença e desviado para si o tema que originalmente pertencia ao novo álbum de Kanye, mas é ela que o torna tão memorável. Crua no teor (versos agudizantes, melodia falsamente feliz) e minimalista no espírito (orientação folk, instrumentação leve) é ainda das melhores coisas que ouvimos em 2015.
Foi (e continua a ser) o primeiro indício de alguma coisa maior, ainda incógnita mas tremendamente especial. E não dá para olhar para esta canção sem uma sensação de assombro e orgulho ao constatar o quão longe Rihanna chegou em apenas 10 anos: a rapariga da ilha perdida no mar das Caraíbas, tantas vezes acusada de ser uma estrela pop "ordinária", "vocalmente limitada" ou "sem talento", a entregar uma das melhores canções do seu percurso ao lado do maior génio do séc. XXI e de uma das maiores lendas vivas à face da terra. Pode ter imposto a sua presença e desviado para si o tema que originalmente pertencia ao novo álbum de Kanye, mas é ela que o torna tão memorável. Crua no teor (versos agudizantes, melodia falsamente feliz) e minimalista no espírito (orientação folk, instrumentação leve) é ainda das melhores coisas que ouvimos em 2015.
10º "Te Amo", Rated R
- 5º single do disco (8 de Junho, 2010)
- nº1 no Brasil e nº14 no UK
- 96 milhões visualizações YouTube
De todas as incursões musicais de Rihanna à margem do mainstream, a mais improvável será aquela que a levou por terrenos latinos, guiada pela sempre segura mão dos StarGate - uma miúda das Barbados no estúdio com uma dupla norueguesa a adicionar ao seu portefólio uma canção que nem Shakira ou J.Lo têm no currículo. Faz todo o sentido, certo? Seja de uma perspectiva masculina ou feminina, RiRi canta sobre amor não correspondido e diverte-se a alimentar o enigma no sedutor acompanhamento visual e a apagar/acender o fogo de Laetitia Casta. Improvável, sim, mas completamente inebriante - só podia pertencer ao expedito Rated R.
Os discos
4º Unapologetic (2012)
4º Unapologetic (2012)
- 7º álbum de estúdio (19 de Novembro, 2012)
- nº1 nos EUA (platina), UK (2x platina), Irlanda (2x platina), Canadá (platina), Suíça (platina) e Noruega
- 4 milhões de cópias vendidas
O ainda último álbum de originais de Rihanna foi também o derradeiro capítulo da tetralogia de lançamentos discográficos no mês de Novembro. Certamente exausta mas não completamente esgotada a nível criativo, a cantora alcança aqui um óptimo equilíbrio entre bangers para a pista de dança e canções de lavra hip hop e R&B - é o seu álbum mais urbano e polivalente desde Rated R (2009). Há dois momentos particularmente excepcionais no seu alinhamento, fora os singles, também eles de topo: o dueto mais-que-perfeito com Chris Brown em "Nobody's Business" e a monumental "Love Without Tragedy / Mother Mary" a abrir uma janela confessional e a fundir influências musicais de forma estupenda.
Singles: "Diamonds", "Stay", "Pour It Up", "Loveeeeeee Song", "Right Now", "What Now" e "Jump"
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