JoJo de volta à vida


Durante anos viu-se envolvida no maior imbróglio contratual que há memória na indústria pop, mas os dias de pesadelo chegaram ao fim para a antiga estrela juvenil autora de êxitos como "Leave (Get Out)" ou "Too Little Too Late". JoJo, hoje com 24 anos, assinala o seu regresso à música com um inédito lançamento triplo de singles que abre caminho para a edição do seu primeiro álbum (terceiro de originais) em quase uma década.

A cantora norte-americana travava desde 2009 em tribunal uma acesa disputa com a sua antiga editora, a Blackground Records, que a impediu judicialmente de comercializar nova música ou libertar-se sequer do vil contrato a que estava presa desde os 12 anos, idade com que começou a trabalhar no seu primeiro álbum.

De pés e mãos atados, JoJo deu vazão à sua arte da única forma possível: pela via independente, tendo lançado duas mixtapes - Can't Take That Away from Me (2010) e Agápē (2012), assim como um EP - #LoveJo (2014) - fina selecção de canções pop e R&B de laboratório, como o minimal "In the Dark" ou o fabulástico "Andre". Mas sempre como se não existisse, presa num limbo entre a invisibilidade e o esquecimento.

Após muito penar, a cantora conseguiu pôr término ao vínculo com a antiga editora no final de 2013, tendo anunciado logo em Janeiro do ano seguinte a sua ligação à Atlantic Records, não sem antes ter de abdicar de todos os inéditos que compôs nos cinco anos de caos contratual. Desde então encontra-se a preparar o terceiro álbum de estúdio ao pé de nomes como o britânico MNEK (Little Mix, Kylie Minogue) ou sueco Rami Yacoub (Britney Spears, One Direction, Nicki Minaj).

Este é, para já, o resultado:

"Save My Soul"

O mais equilibrado do tríptico - canção pop/R&B midtempo com corte à Leona Lewis.



"When Love Hurts"

Investida dance pop pela mão do artífice Benny Blanco, algo reminiscente de "Break Free" de Ariana Grande. É o que apresenta maior potencial comercial.



"Say Love"

Balada R&B dos sete costados na linha de Whitney Houston, Toni Braxton ou Mariah Carey com vocalizações impressionantes e harmonias imaculadas.



Nada mau. Amadurecimento vocal e lírico, versatilidade sónica e uma estratégia curiosa. Só necessita de bons vídeos, boa promoção e um conjunto de canções tão boas ou melhores que estas - e tudo o resto voltará a entrar nos eixos. Bem-vinda de volta à vida, JoJo.

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