Magnífico Material Desconhecido #182
Oh Wonder
Numa era em que se discute o papel das editoras enquanto intermediárias do trabalho dos artistas e a validade do formato disco, há quem já esteja um passo à frente. E, como sempre, são os underdogs que detêm a resposta e dão início à revolução.
Os Oh Wonder começam por propôr um inovador modelo de negócio, directo ao consumidor sem necessidade de grossistas. Durante um ano propuseram-se a lançar via SoundCloud uma canção por mês, composta, produzida e gravada por si mesmos, até chegarem a um total de 13 que integrarão o seu álbum de estreia, esperado a 4 de Setembro - 12 já viram a luz do dia, falta apenas uma.
Não se trata de uma acção de marketing com a mão de uma major por trás. Anthony e Josephine começaram esta aventura sem o apoio de terceiros ou um catálago de suporte e estão prestes a terminá-la com um corpo de canções concretizado em disco e o apoio de uma legião de entusiastas que os apoiaram ao longo da jornada - só no Spotify as suas músicas totalizam mais de 20 milhões de streams.
O duo londrino escreve canções desde 2011, mas só em Setembro do ano passado decidiu tornar o processo público. Vivem da justaposição de harmonizações masculinas e femininas, fazem aveludados temas midtempo entre a pop, o R&B e a electrónica, partilham o intimismo e desolação sentimental dos London Grammar e o minimalismo dos The xx ou James Blake - tudo o que é necessário para se tornarem no vosso maior vício do final de Verão.
"Livewire", Oh Wonder
I'mma get your heart racing in my skin-tight jeans, be your teenage dream tonight
"Drive", Oh Wonder
Ghost of you
Se gostaram, escutem também: "Technicolour Beat", "Lose It", "Shark" e "The Rain"
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