Britney Spears, A Lendária Princesa da Pop- Ídolo Adolescente

Este é o segundo de uma série de posts dedicada à vida e obra de Britney Spears.


Tinham passado pouco mais de 12 meses desde que o histerismo colectivo em torno de Britney Spears havia começado. Com 18 anos, um álbum de estreia multi-platinado e o mundo a seus pés, ainda a poeira de "...Baby One More Time" não tinha assentado e Britney já tinha encontrado em "Oops!... I Did It Again" um sucessor à altura.

A Maio de 2000 era então editado o seu 2º álbum e novos recordes eram quebrados. Na semana de lançamento nos EUA, o disco vendeu 1,3 milhões de cópias, um valor nunca antes registado por nenhum artista a solo. A sonoridade tornou-se um nadinha mais interessante e a imagem, apesar de ainda primar pela inocência, já não era assim tão pura - a actuação desse ano nos VMAs viria a marcar o início da tónica provocante que se tornaria na sua imagem de marca.

Antes de chegar aos 19, já contava com 55 milhões de álbuns vendidos, 3 digressões bem-sucedidas, um livro editado, mantinha um relacionamento amoroso com Justin Timberlake, outra estrela do seu calibre, tinha uma conta bancária invejável e era o indiscutível ídolo dos adolescentes. Que mais uma rapariga poderia querer?

Em Setembro de 2001, novamente no palco dos VMAs, Britney mostrava a sua nova pele: insinuante e sexualizada, sem traço algum da ingenuidade de há dois anos atrás. Estávamos em plena era de "I'm a Slave 4 U" e o mundo assistia, boquiaberto, à entrada da cantora na vida adulta. Em Novembro desse ano era editado o seu 3º álbum de estúdio homónimo, mais próximo de uma estética R&B e dance pop mas igualmente bem-sucedido.

Antes de se submeter a um período de pausa no ano seguinte - o primeiro em 4 anos de actividade ininterrupta - ainda se estreou nas lides cinematográficas com Crossroads, película que não ficou para a história, embarcou na sua 4ª digressão e terminou a relação que mantinha com Justin, numa separação mediática que fez correr rios de tinta.

No final de 2002, Britney saía dos holofotes e concedia a si mesma um momento para respirar. Mas não se manteve afastada do estúdio, começando a compôr aquele que viria a ser o seu 4º álbum. Afinal de contas, ser um ícone musical é um trabalho a tempo inteiro e havia ainda o ceptro de Princesa da Pop para conquistar.

Os meus singles favoritos


17º "I'm a Slave 4 U", Britney (2001)

Oops, lá se foi a inocência! O primeiro single do seu 3º álbum assinalou a entrada de Britney Spears na idade adulta, trazendo com ela toda a provocação e a componente fortemente sexualizada que se tornariam na sua imagem de marca daqui em diante. Com a marca de Pharrell Williams, "I'm a Slave 4 U" foi a primeira incursão de Britney em territórios urbanos, tendo ficado imortalizado por um dos vídeos mais sensuais de que há memória. Uma sauna, danças exóticas e corpos nus - a derradeira ameaça tripla.



16º "Womanizer", Circus (2008)


A sirene não engana: o Mundo assistia ao retorno à boa-forma (física e mental) de Miss Spears após um turbulento período em que se chegou a temer o pior. Considerado uma espécie de "Toxic 2.0", pela temática lírica e pelo conceito visual, "Womanizer" foi o tão aguardado hit na sua carreira que tardava desde... "Toxic", precisamente. Reparem no simbolismo da sauna, novamente presente para assinalar um novo despertar.



15º "Stronger", Oops!... I Did It Again (2000)


Representa o fim de um capítulo iniciado com "...Baby One More Time": o fim da ingenuidade e do imaginário colorido que rodeava as canções de Britney. É um valento hino ao fortalecimento interior e um dos melhores momentos que podemos encontrar no seu 2º álbum. No seu vídeo futurístico, a cantora acaba tudo com o namorado, caminha à chuva, tem um acidente de carro e executa uma complexa coreografia com uma cadeira. A mensagem é clara: "my loneliness ain't killin' me no more".



14º "Hold It Against Me", Femme Fatale (2011)


Uma estrela cai do céu e desce à Terra onde acaba por encontrar a fama. Com o passar do tempo, acaba por sucumbir à pressão e entra em rota de colisão, deitando tudo a perder. Eventualmente ergue-se e volta a ser o que era. Nem mais: aqui está descrita a ascensão, queda e renascimento de Britney Spears, num dos melhores vídeos da sua carreira assinado por Jonas Akerlund. Já o tema brindou-nos com laivos de dubstep, trance e grime. Épico é dizer pouco.



Os meus álbuns favoritos


Britney (2001)

É o final de uma trilogia iniciada com ...Baby One More Time e, verdade seja dita, o mais inspirado do tríptico. O 3º álbum homónimo de Britney marcou a sua entrada na idade adulta, que trouxe consigo uma evolução tanto a nível visual - mais provocante e sensual - como a nível sonoro - uma abordagem mais urbana, próxima do universo R&B e da dance pop. Com uma maturidade recém-encontrada, Spears colaborou com novos produtores, entre eles os The Neptunes, e compôs, inclusivé, cinco temas do alinhamento - nunca antes tinha existido tanto input da sua parte. Foi o primeiro álbum dela que ouvi e de facto era muito apelativo para a época. Hoje nem tanto.
Singles: "I'm a Slave 4 U", "Overprotected", "I'm Not a Girl, Not Yet a Woman", "I Love Rock 'n' Roll" e "Boys"

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Comentários

  1. Depois de ter visto isto ontem acordei hoje assim "I'm a...Slaaaaave 4u" lol fica na cabeça! Estes posts são para recordar a infância lol

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  2. É o poder da Britney haha! Mais do que recordar a infância, esta colecção de posts serve para que percebam porque é que ela continua a ser tão influente nos dias que correm. Deu tanto à pop e crescemos todos com ela... é quase como se fosse da família, daí que esta seja a minha forma de a homenagear.

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