Factor X- Bootcamp: 5º Programa
Na sua tradução literal, o Bootcamp é aquilo a que se designa um campo de treino. Mas aquilo a que assistimos esteve longe disso - foi uma dura prova em que os candidatos foram testados e agrupados com outros consoante o seu perfil. Objectivo: seleccionar os melhores dos melhores. Vejamos os que merecem destaque:
Jovens: Jéssica Meireles, Marisa Ramos e Margarida Rodrigues- "Rosa Branca"
Não sei o que será mais incrível: se o facto de termos três grandes vozes femininas a cantar fado no programa de forma tão sublime, ou se o facto de estarmos perante três jovens de apenas 16 anos. Quando confrontadas com a possibilidade de formarem um trio de fado, todas elas recusaram. Resultado: a Marisa seguiu (e justamente) em frente a solo, e as outras viriam a ser repescadas pelo Paulo Ventura, voltando assim ao plano original. Que grande momento este.
Não sei o que será mais incrível: se o facto de termos três grandes vozes femininas a cantar fado no programa de forma tão sublime, ou se o facto de estarmos perante três jovens de apenas 16 anos. Quando confrontadas com a possibilidade de formarem um trio de fado, todas elas recusaram. Resultado: a Marisa seguiu (e justamente) em frente a solo, e as outras viriam a ser repescadas pelo Paulo Ventura, voltando assim ao plano original. Que grande momento este.
Jovens: David Dias, Tiago Araújo e Rogério Barros- "Ain't No Sunshine"
Não percebo porque raio esta canção tem que estar presente em todas as fases secundárias de talent-shows... Sim, é bonita, mas já cansa. Neste trio em particular o David Dias destacou-se a milhas. Dada o fraco entusiasmo com que foi recebido nas audições, pensei que estivesse em risco, mas parece que desta vez lá conseguiu agradar ao seu mentor. Penso que o Rogério foi prejudicado com a escolha do tema, que não o favoreceu minimamente. Mas mais vale ter um David na mão, do que um David e Rogério a voar.
Grupos: X-Pressions- "Wannabe"
Caíram um pouco de pára-quedas, uma vez que não mostraram a sua audição, mas até gostei do que vi: tinham o look certo, vozes decentes e faziam um belo grupo, daí que não percebo o porquê de terem sido afastadas. Todas excepto uma: Iolanda Costa, que já havia tentado a sua sorte na última edição de Ídolos, em que quase chegou ao top 15. Gosto muito dela e espero que desta vez seja a sua hora de brilhar, ainda que esteja para ser colocada num grupo de soul/R&B.
Últimas conclusões: gostei de ver o senhor Teófilo Berg a seguir em frente (haverá ainda alguém que duvide que ele chegará ao grupo de finalistas?) e detestei assistir à actuação dos X4U (os pseudo-One Direction à portuguesa) que mostraram o quão fraquinhos são enquanto grupo: apenas um me pareceu cantar dignamente, todos os outros mereciam ser corridos dali para fora com um processo de queixa-crime em cima por danos irreparáveis à audição dos telespectadores e por atentado ao mau gosto num programa cuja fasquia de talento é elevadíssima. Mas, claro, os cifrões falam sempre mais alto...
E alguém me explica quem, no seu perfeito juízo, inicia um programa com um flashforward referente à fase do Bootcamp, quando as audições ainda não haviam sequer terminado e ninguém percebe como as coisas se processarão dali para a frente?! Dá ou não dá vontade de apertar o pescoço aos responsáveis pela montagem? Além disso achei péssima a decisão de mostrarem de supetão as actuações desta etapa: não chega saber quem vai e quem fica, é necessário acompanhar o processo e sentir toda a emoção que lhe está associada. Não matem o programa antes do tempo, ok?
Dito isto, continuo profundamente apaixonado pelo Factor X. É um excelente programa, superior a tudo aquilo que já foi feito nos meandros dos talent-shows portugueses, mas temo pelo rumo que está a tomar. Aconselho sensibilidade e bom-senso a quem o monta e peço justiça nas decisões tomadas relativamente ao destino dos concorrentes. Assim sendo e teremos uma paixão para a vida.
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